Após o processo de mudanças no Programa Universidade Gratuita, as instituições de educação manifestaram que não tinham conhecimento dos indícios de irregularidade apontados no relatório do Tribunal de Contas do Estado (TCE). A informação foi passada pelo reitor da Sociedade de Assistência aos Trabalhadores do Carvão (Satc), Carlos Ferreira, em entrevista ao Programa Adelor Lessa nesta quarta-feira (18).
Algumas universidades ainda não tiveram acesso ao relatório, como é o caso da Satc, mas segundo o reitor, a solicitação já foi feita ao TCE e aguardam a divulgação. "Estamos esperando ver se temos alunos com algum tipo de irregularidade, e diante disso, podemos fazer mudanças", destacou.
Carlos defende que o sistema de análise dos dados seja centralizado no governo do estado. "O ideal é que o aluno preencha tudo direto no sistema estadual, que tem acesso a outras bases e pode fazer cruzamentos, que nós como universidade, não conseguimos", ressaltou. Ele explicou que atualmente há dois sistemas, um das instituições e outro do governo, dessa forma segundo ele, pode ocorrer atrasos, ruídos e dificuldades técnicas.
Em entrevista, o reitor da Unibave, Guilhereme Souza, destacou que a instituição não apareceu no relatório do TCE, que apontou indícios de irregularidades. "Nós não fomos citados, mas seguimos atentos. E se precisar nós solicitamos via ofício para o TCE", destacou.
Tanto Carlos, quanto Guilherme, apontam um problema central, sendo a falta de um sistema unificado e robusto para a verificação dos dados. "A nossa base de dados é o que o que aluno informa. Se ele omite, temos pouca margem para avançar na informação", reforçou Carlos. Segundo Guilherme seria importante um sistema com acesso automático a informações fiscais e patrimoniais, como ocorre em outros programas sociais.
Ouça o que disseram os reitores, Carlos Ferreira e Guilherme Souza: