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Senador pressiona bancos a adesão ao Pronampe: "bando de agiota que só sabe sugar"

Entidade de micro-empresários catarinenses espera ampla procura pela linha de crédito a juros baixos; Jorginho Mello, autor da lei regulamentar, pede participação também dos bancos públicos
Por Heitor Araujo Brasília - DF, 15/06/2020 - 08:43 Atualizado em 15/06/2020 - 08:49
Senador Jorginho Mello (Foto: Arquivo / 4oito)
Senador Jorginho Mello (Foto: Arquivo / 4oito)

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A expectativa é de ampla adesão do micro-empresário catarinense ao Pronampe, que garante empréstimos a baixa taxa de juros, com fundo garantidor do governo federal. O programa é decorrência do Projeto de Lei do senador catarinense Jorginho Melo (PL). O senador afirma que agora luta em Brasília para que o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal puxem a fila nos empréstimos, mas alertou aos bancos privados: "se não aceitar, tem que chamar a polícia".

O senador falou ao Programa Adelor Lessa, na Rádio Som Maior, nesta segunda-feira, 15. Adotou um discurso contra os bancos e ressaltou o fundo garantidor de 85% dos empréstimos pelo governo federal. 

"Os bancos têm que emprestar o dinheiro deles, estão com liquidez e a caixa d'água cheia. Eles têm que parar de fazer onda. Nunca colocaram um centavo na frente de nada. Banco é um bando de agiota que só sabe sugar do povo brasileiro. Não faz favor para ninguém, só quebra os outros. Agora a gente conseguiu o fundo garantidor, eles não perdem nada. Os 85% a gente paga primeiro, então é 100% de garantia. Se ficar nessa chorumela, a coisa não funciona", disparou o senador.

A presidente da Federação das Associações de Micro e Pequenas Empresas e dos Empreendedores Individuais de SC (Fampesc), a empresária de Joinville Rosi Dedekind, comemorou o Pronampe, com o juros abaixo dos 5%, carência de oito meses e 36 meses para pagar. 

"O que a gente vai ter de problemas é que talvez quem esteja negativado não vai poder ter acesso. É uma papelada burocrática, mas eles (bancos) veem uma garantia, que era o maior problema para a pequena empresa", disse. "A maioria (dos micro-empresários) vai procurar, a gente estima muitos. O pequeno não tem fluxo de caixa neste momento, imagino que 98% das empresas são micro e pequenas então é esse o volume que vai procurar", projetou.

Jorginho Mello continuou a cruzada contra os bancos. "A gente tem que ver qual a penalidade que os bancos vão ter, porque a lei diz tudo. É só o aval particular, porque tem o fundo garantidor que é o grande avalista. Tem uma lei perfeita, se os bancos não querem fazer, eles estão desobedecendo. Tem que chamar a polícia, o Ministério Público, ir para a frente dos bancos. Não tem que colocar picuinha nesse negócio, tem que fazer a operação", exaltou o senador.

"As cooperativas sempre tiveram juntos e o Bancoop foi o primeiro banco a se cadastrar no programa. Eu disse ao vice-presidente do Banco do Brasil e ao Paulo Guedes que se o BB e a Caixa não puxarem a fila, eles não têm porque serem bancos públicos. Se priorizar lucro e acionista, perde o sentido", continuou Jorginho. "Banco não perde nada, só ganha. Trilhões e trilhões. Chegou a hora de pelo menos ter boa vontade de emprestar dinheiro a quem aguenta no peito e no osso. A gente não deve nada para ninguém, a gente tem que ajudar o Brasil", concluiu o senador.

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