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SC foi o estado que mais reduziu o desmatamento da mata atlântica

Entre 2022 e 2023, corte da vegetação reduziu 86%

Por Redação Criciúma, 22/05/2024 - 14:58
Foto: Adrio Centeno/IMA
Foto: Adrio Centeno/IMA

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Santa Catarina foi o estado que mais reduziu o desmatamento da Mata Atlântica, com uma queda de 86% entre 2022 e 2023. A informação consta no Atlas da Mata Atlântica, coordenado pela Fundação SOS Mata Atlântica, pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e pelo Sistema de Alertas de Desmatamento (SAD) Mata Atlântica, fruto de uma parceria entre a SOS Mata Atlântica e o MapBiomas. Este percentual é significativamente maior do que a redução registrada em todo o Brasil, que foi de 27%.

A pesquisa destaca que, após Santa Catarina, o estado do Paraná reduziu o desmatamento em 78%, seguido por Minas Gerais com 57%.

"Santa Catarina é um estado diferenciado. Nosso povo sabe a importância de preservar as nossas riquezas naturais. O meio ambiente é mais uma área em que o trabalho dos catarinenses se destaca, assim como acontece no nosso agronegócio, no comércio exterior e na produção das nossas indústrias. Atuamos com um equilíbrio que garante o desenvolvimento sustentável", afirmou o governador Jorginho Mello.

Mais fiscalizações e tecnologia

Para a presidente do Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA), Sheila Meirelles, os bons números conquistados no estado estão diretamente ligados à intensificação das fiscalizações e ao investimento estratégico em tecnologias de alto padrão, como o Sistema Integrado de Monitoramento e Alertas de Desmatamento (SIMAD), desenvolvido pelos técnicos do Instituto para auxiliar no serviço de fiscalização.

“O fato da fiscalização estar mais efetiva em Santa Catarina contribui para esse resultado expressivo em relação à preservação da Mata Atlântica em nosso território, e o SIMAD, um dos programas mais inovadores do país, tem contribuído através dos seus alertas para que o serviço de fiscalização possa combater de forma efetiva os crimes de desmatamento ilegal no estado”, enfatizou Sheila.

O SIMAD utiliza imagens de satélite para comparar locais em diferentes períodos, mostrando o histórico da vegetação. Se há supressão de vegetação, por exemplo, o próprio sistema verifica se aquela supressão possui autorização de corte ou se foi clandestina.

O sistema identifica, por meio de imagens orbitais de alta resolução, a diferença de cobertura vegetal ocorrida periodicamente em todo o território catarinense. São avaliados mosaicos com até 4,7 centímetros de resolução espacial disponibilizados pelo programa NICFI, em parceria com o governo da Noruega. O alerta é gerado por meio de programas computacionais de código aberto, sem custos para o estado. São analisadas autorizações para supressão, incluindo informações de responsabilidade do IMA e as disponibilizadas pelo SINAFLOR por meio do IBAMA, além de outras informações da área, como histórico de uso do solo e informações do Cadastro Ambiental Rural, entre outros.

Ativo ambiental

“Nosso estado possui 38% de floresta nativa do Bioma Mata Atlântica, um ativo ambiental valiosíssimo do ponto de vista de biodiversidade e serviços ecossistêmicos. Sua proteção é meta para o governo do estado, e por isso há tantos investimentos em ferramentas tecnológicas que nos trazem informações que baseiam as tomadas de decisões e formulação de políticas públicas de conservação e uso sustentável das florestas. Só preservamos aquilo que conhecemos, então, a geração de informações é fato primordial na conservação do Bioma Mata Atlântica em SC”, afirmou o secretário de Meio Ambiente e Economia Verde, Ricardo Guidi.

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