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Resistiremos e Vencermos. Esse é o nosso inequívoco destino!

Jorge Boeira, engenheiro Criciúma, SC, 13/07/2021 - 16:32 Atualizado em 13/07/2021 - 16:49
Foto: Divulgação
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Em 2018, o presidente Jair Bolsonaro foi eleito aproveitando-se do pior momento da Política na história recente do Brasil. Se apresentando como outsider, canalizou em sua candidatura todo o rancor das pessoas contra a classe política e o surgimento de um sentimento antipetismo, este representado na figura do combate a corrupção e em apoio a operação Lava Jato que,  recentemente, pelas decisões emanadas pelo Supremo Tribunal Federal, demonstrou-se eivada de erros que feriram o devido processo legal e contribuíram para a eleição de Bolsonaro.  Se apresentando e prometendo ao povo brasileiro governar o país sob a égide de uma nova política que não se basearia mais no toma lá dá cá, no patrimonialismo e no assalto aos cofres públicos, o povo brasileiro acreditou em suas promessas e nas circunstâncias que lhe eram apresentadas pela grande mídia para “vingar-se” do PT. Naquele momento foi somatizado um sentimento “antipolítica” e antipetista jamais visto e o resultado foi a sua eleição no segundo turno com mais de 57 milhões de votos.

Passados quase três anos de governo, a situação caminha mais para ser vista como um desgoverno. Atropelado pela crise sanitária da corona vírus, fez e faz apostas erráticas ao negar o conhecimento e as recomendações cientificas como a necessidade da implantação de medidas preventivas não farmacológicas (uso de máscara, distanciamento social, uso do álcool em gel) e farmacológicas como a aquisição de vacinas. Esta última sabidamente a única forma eficaz de combater a corona vírus e diminuir o número de mortes.

Mas Bolsonaro fez tudo ao contrário. Sua opção desde o início foi desdenhar e menosprezar a crise sanitária, não negociar a compra de vacinas e atacar oponentes políticos que fizeram o oposto. Atropelado pelas milhares de mortes e sem perspectivas que suas exóticas teorias do isolamento vertical e da imunidade coletiva fossem suficientes para barrar a alta taxa de transmissão do vírus, o número de internações que levou o sistema público de saúde a meio colapso e as milhares de mortes, muito a contragosto foi ao mercado. A inépcia de seu governo frente à gestão no enfrentamento da pandemia nos leva a crer que o atraso na compra das vacinas tinha como subterfúgio objetivo escusos, como vemos agora serem revelados pela CPI da Covid do Senado Federal. 
A corrupção que se pensava restrita aos casos das rachadinhas ganha contornos de roubalheira, ameaça-o de impeachment e traz à sociedade a sensação de que o mito é de barro e suas promessas de combate à corrupção um estelionato político passado à sociedade.

Números para corroborar tal sentimento foi captado em recente pesquisa publicada pelo Instituto DataFolha  que ouviu 2.074 pessoas nos dias 7 e 8 de julho em 146 cidades brasileiras, na qual 55% das pessoas dizem que nunca confiam nas declarações do presidente; 58% o consideram incompetente; 52% o têm como desonesto; 57% o relaciona como uma pessoa pouco inteligente; 55% como uma pessoa falsa; 57% como um presidente indeciso; 66% como autoritário, 62% como despreparado para liderar o país; 70% acreditam que há corrupção em seu governo e; para 56% dos entrevistado a expectativa é que a corrupção vai aumentar.

Diante de números tão desfavoráveis, novamente o presidente opta por seguir em direção errada. Ao invés de chamar a nação para a pactuação que se necessária, prefere atacar e desrespeitas as instituições do Estado como o sistema eletrônico de votação e de contagem de votos, ameaçar com golpe caso as urnas não lhe sejam favoráveis em 2022 e dirigir-se ao povo usando de palavras chulas, uma diarreia verbal cujos termos escatológicos seriam mais adequados se proferidos no cercadinho em que se reúne e conversa com seus mais fiéis e enebriados seguidores. O presidente revela com suas incontinências verbais todo o despreparo, a falta de educação e de inteligência emocional para conduzir um país com o potencial do Brasil.
Sua estratégia baseada no marketing de guerra de identificar inimigos está desconstruindo um dos valores da sociedade brasileira que é a pluralidade e respeito mútuo. O Brasil é um país miscigenado, temos que entendê-lo e buscar construir a unidade para a felicidade de todos.

Usando o Exército brasileiro para chamar de seu, Bolsonaro militarizou a maioria das instâncias políticas do Estado e hoje tenta usar tais militares para ameaçar o poder civil, o poder político, que como o povo em 2018, se fiaram no poder de um mito que se mostra a cada vez mais parecido com um fracassado, um despreparado mental e intelectual que não tem a mínima ideia do posto que ocupa na hierarquia do Estado e da República. Bolsonaro falta com o respeito necessário à democracia e a Constituição que jurou defender se esquecendo que chegou ao poder pelo voto popular e por ele há de sair. 

Queremos nossa forma de vida e de viver de volta, queremos um país fraterno que dê oportunidade para todos, com esforço, melhorarem de vida, não um país que parece caminhar como uma nau sem rumo nas mãos de um capitão despreparado a nos conduzir como uma nação despedaçada para o oceano das trevas e do infortúnio. Resistiremos e venceremos. Esse é o nosso inequívoco destino.
 

Jorge Boeira, engenheiro

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