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Pandemia evidência os históricos problemas educacionais do Brasil

Por Redação Criciúma, SC, 06/04/2021 - 18:26

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O desenvolvimento e o progresso de um país estão intimamente relacionados à qualidade, ao acesso e ao investimento que faz em Educação. Quanto mais e melhor forem aplicados os recursos no sistema educacional melhores serão os retornos para a sociedade.
Em meio à crise ocasionada pela pandemia da Covid-,19, vivenciamos tempos difíceis, agravados ainda mais para aqueles que por algum motivo não conseguiram concluir a educação básica e buscam por uma oportunidade de emprego ou recolocação no mercado de trabalho.

Na pandemia, uma das primeiras medidas tomadas foi o fechamento das escolas. Após um ano, em vários estados da Federação, alunos ainda estão sem aulas presenciais, noutros o ensino está sendo ofertados apenas de maneira remota, noutros de forma híbrida entre o presencial e o ensino a distância. E a Unicef já detectou mais um grave problema a ser enfrentado pelo Brasil nos próximos anos.

Embora as crianças e adolescentes sejam os menos afetados diretamente pelo covid-19 do ponto de vista clínico, será uma parcela da população que mais sofrerá com efeitos perversos da doença. O Brasil tem cerca de 1,3 milhões de crianças e adolescentes em idade escolar fora do sistema educacional. A Unicef prevê que a pandemia vai retirar do sistema outros 4 milhões.

Não por acaso, o impacto da evasão recairá sobre as famílias pobres, e uma vez desvinculadas da escola, o risco dessas crianças e adolescentes se envolverem em atividades de trabalho infantil é bastante concreta, o que, provavelmente, resultará numa não volta à escola.

Esse reflexo da pandemia na educação, exigirá que a luta pela educação pública, gratuita e de qualidade para além de ininterrupta, deve ser priorizada. Não deve ter lado, ideologias ou qualquer outra forma de discriminação ao acesso por parte de todos.

Priorizar os investimentos na Educação no curto, médio e longo prazos é a tarefa que nos é imposta, afinal cada ano que se deixa de aproveitar para desenvolver projetos consistentes na área educacional perdemos, ao menos, uma década de desenvolvimento.
A pandemia trouxe com ela prejuízos incalculáveis, tanto na saúde, economia e também na política. O trabalho e os proventos, normalmente são o reflexo do tempo dedicado a Educação, numa proporção de quanto mais tempo se frequenta instituições de ensino, maiores são os rendimentos financeiros, o que já foi observado pelos dados da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, que constatou que o fechamento de vagas formais em 2020 atingiu mais quem ganhou de meio a 1 salário mínimo, ou seja, o desemprego afetou principalmente os menos escolarizados, os mais velhos e as mulheres.

O Brasil precisará de propostas efetivas na área educacional, para que desta forma a sociedade, como um todo, seja beneficiada pela transformação e pelos impactos positivos proporcionados pelo conhecimento, caso contrário, a conta pelo aumento do desemprego, da violência e da queda dos índices qualidade de vida irá ficar cada vez mais alta. Corremos o risco de tornar o Brasil uma nação em frangalhos, onde todos terão que pagar um preço caro pela desvalorização da Educação e a exclusão social que disso resulta.

Jorge Boeira, engenheiro mecânico, empresário e ex-deputado federal

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