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Os estoques irresponsáveis em tempos de coronavírus

Archimedes destaca a irresponsabilidade de realizar grandes estoques em épocas de pandemias
Por Paulo Monteiro Criciúma - SC, 17/03/2020 - 10:47 Atualizado em 17/03/2020 - 10:49

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Basta uma pandemia ou uma epidemia alcançar um país para que os estoques absurdos comecem a ser feitos por uma população irresponsável e que, com medo, acaba olhando apenas para si. A compra desnecessária e em grandes quantidades de determinados materiais faz com que algumas prateleiras de supermercados fiquem vazias, e que muitas pessoas não tenham acesso ao mesmo produto.

“Eu caminhava pelos corredores de um dos supermercados aqui da cidade, no final da tarde de ontem, e ali encontrei um velho amigo empurrando o seu carrinho de compras, dentro do qual três fardos de papel higiênico. Eu não precisei perguntar e ele já foi me justificando ao mesmo tempo que me cumprimentava: vai faltar, viu”, comentou o historiador Archimedes Naspolini Filho.

Os resultados desse andaço, palavra usada antigamente para quando algum mal tomava conta da população de forma coletiva, é a falta de produtos nas prateleiras dos nossos supermercados. “Não faltará nada se continuarmos a consumir na escala que consumimos”, pontuou Archimedes.

Os supermercados trabalham com números alcançados em pesquisas altamente confiáveis, e que determinam a quantidade de cada alimento que devam ir para as prateleiras diariamente, semanalmente ou mensalmente, em função da demanda normal. Se comprássemos como sempre, em tempos de coronavírus, nenhum produto sequer faltaria nas prateleiras dos estabelecimentos. 

“Se tivermos a irresponsabilidade de ir nesses estabelecimentos e comprar em quantidades desmesuradas, certamente a crise de abastecimento se estabelecerá e sobrará para muitas pessoas”, disse o historiador.

Enquanto uns armazenam o que não precisam, correndo até mesmo o risco de descartar no lixo devido ao prazo de validade, outros tantos poderão passar fome por não encontrar o alimento que costumeiramente estava disponível nos supermercados. Mesmo em tempos de preocupação, não há necessidade de estocarmos tantos produtos alimentícios, de higiene, gasolina ou o que for.

“Para que o mercado continue trabalhando de forma equilibrada devemos manter o nosso comportamento de compras comum, como vínhamos fazendo até aqui. Prevenir sim, mas sem exageros”, concluiu.
 

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