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O dia D do pedágio

Prefeitos se reúnem antes da audiência pública da ANTT para fechar posição
Por Denis Luciano Criciúma, SC, 18/10/2018 - 13:50 Atualizado em 18/10/2018 - 13:53
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Os prefeitos estão mobilizados. Os empresários, idem. A população é aguardada. Se Criciúma e região têm uma oportunidade de brigar contra a instalação de quatro pedágios no trecho Sul da BR-101, a chance é agora. Hoje, a partir das 14h, no Sisos Hall, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) promove a segunda das três audiências públicas previstas para apresentar o projeto.

O presidente da Associação dos Municípios do Extremo Sul Catarinense (Amesc) e prefeito de Sombrio, Zênio Cardoso, dá o tom da mobilização. “Nós nem vamos discutir, é não e ponto final. Esse governo não tem legitimidade, já está encerrando e quer deixar de herança para nós 25 anos de uma privatização que não é necessária. Não tem a menor necessidade de discutir isso agora”, pontua.

“Um presente de grego”

Os técnicos da ANTT reforçaram a intenção de instalar quatro praças, em São João do Sul, Araranguá, Tubarão e Laguna, com valor sugerido de R$ 3,97 para veículos de passeio em cada ponto. “Duas praças de pedágio na AMESC, que é a região que menos recebeu investimentos, é um presente de grego”, insiste o prefeito Zênio.

Os prefeitos da AMESC estão em Criciúma. Antes da audiência, eles se reuniram com os colegas da Amrec para pedir assinaturas na carta a ser entregue. Nela, as lideranças expressam indignação com a ANTT, batendo na tecla que, pela transição que se avizinha nos governos federal e estadual, não é momento para implantar pedágios.

Investidor de olho

Equipes ligadas a uma empresa de São Paulo já estavam ontem, em pontos da BR-101 Sul, fazendo contagem de tráfego para averiguar a viabilidade de entrar na licitação do trecho, pré-programada para o terceiro trimestre de 2019.

O modelo de concessão prevê investimentos de R$ 2,9 bilhões no trecho de 220 quilômetros em 30 anos, com custo operacional de R$ 3,6 bilhões, geração de 1,5 mil empregos e R$ 574 milhões em impostos em três décadas, mais R$ 23 milhões em pesquisas de desenvolvimento tecnológico e R$ 13 milhões em programas de segurança de trânsito.

Redução dos custos operacionais no tempo de viagem, aumento do conforto do usuário e redução de acidentes são elencados pela ANTT como vantagens. Com a concessão, no primeiro ano deverão ser feitas intervenções emergenciais e nova sinalização. Do segundo ao quinto ano, a recuperação integral com novo pavimento. Depois, sete novas vias marginais em Garopaba, Imbituba, Capivari de Baixo, Tubarão, Criciúma, Araranguá e São João do Sul. A ampliação de capacidade com faixas adicionais está prevista a partir do 19º ano.

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