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Meliponicultores da região enfrentam dificuldades na criação das abelhas

Em Criciúma, existem, aproximadamente, 200 criadores de abelhas sem ferrão e, no estado, são mais de seis mil
Por Giovana Bordignon Criciúma, SC, 24/05/2022 - 18:23 Atualizado em 24/05/2022 - 18:25
Foto: Reprodução/ 4oito
Foto: Reprodução/ 4oito

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A meliponicultora, criação de abelhas sem ferrão, é uma modalidade que vem crescendo em Santa Catarina. As abelhas nativas, que estavam entrando em extinção, passaram a ser criadas por meliponicultores que difundiram a espécie na região. Fazendo parte da fauna silvestre, o Ibama passou a regulamentar a criação desses insetos, ação que não agradou os meliponicultores.

“Nós temos uma lei estadual que regulamenta a criação e o comércio dos produtos e subprodutos da meliponicultura. Porém, acabaram fazendo uma resolução que deixou essa regulamentação para o Ibama, como sendo algo de fauna silvestre”, explicou o membro da Associação de Meliponicultores da Região Carbonífera (Amerc), Henrique Bonetti.

Quando a atividade é regulamentada por um órgão ambiental, como o Ibama, ela acaba sendo uma atividade com finalidade ambiental, sem finalidade de renda. Quando passa a ser administrada pelo Ministério da Agricultura, a menipolicultura é vista como uma atividade de produção agrícola e as Empresas de Pesquisa Agropecuária investem na área pois ela gera renda para o Estado.

O meliponicultor justificou que o Ibama deveria regulamentar as abelhas que estão na natureza e não aquelas que estão sendo criadas e reproduzidas. “Eles querem vir no nosso meliponário, fiscalizar nossas abelhas, que a gente investiu, não é extrativista, a gente não tira da natureza”, disse Henrique.

Atividade meliponária

A meliponicultura não é algo recente no Brasil. Já se tratava do segmento desde 1.500, quando se produzia velas a partir da cera da abelha sem ferrão. Porém, ao decorrer dos anos, com a entrada do desmatamento e o extrativismo, foi se acabando. Hoje, graças aos criadores e à crescente expansão da atividade e do comércio dessas abelhas, há um volume bastante expressivo na região Sul do Brasil.

Segundo o meliponicultor, em Criciúma, existem, aproximadamente, 200 criadores de abelhas sem ferrão e, no estado, são mais de seis mil. “Fomos nós que começamos a difundir as abelhas, que já eram quase extintas do bioma brasileiro e, graças a nossa força de vontade de reprodução nos meliponários, hoje, já temos um volume expressivo de abelhas sem ferrão”, contou.

Meliponicultor e apicultor

O meliponicultor é o criador das abelhas do gênero meliponini e trigonini, abelhas nativas sem ferrão, também conhecidas como abelhas indígenas ou meliponíneos.

E o apicultor cria as abelhas Apis melíferas, para fins de produção de mel, pólen apícola, própolis, cera de abelhas, geleia real e apitoxina ou para serviços de polinização. “Aquelas abelhas que geralmente todo mundo conhece, elas possuem ferrão e são até perigosas”, relatou.

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