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Mário Motta: do jornalismo para a política

O desencantamento com a política o motivou a tomar a decisão de entrar no processo.
Por Enio Biz Criciúma, SC, 17/03/2022 - 09:54 Atualizado em 17/03/2022 - 10:28
Foto: Diorgenes Pandini / NSC
Foto: Diorgenes Pandini / NSC

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Com 56 anos de carreira e quase 70 anos de idade, o jornalista Mário Motta deixa a NSC TV e a Rádio CBN Diário, muda o projeto e entra para a política. Ele homologará sua filiação no PSD na próxima semana. Em entrevista ao programa Adelor Lessa desta quinta-feira (17), Mário Motta contou o porquê da decisão de mudar de ciclo.

"O que foi fundamental para esse encantamento foi exatamente o desencantamento. Eu convivo com o meio político a muitos anos. Eu estou completando 70 anos de idade. Imagino que o ciclo da comunicação não tenha se encerrado. A qualquer momento eu posso retornar, mas entendi que se eu tinha alguma intenção guardada lá no fundo e que foi aflorando aos poucos de acordo com o meu contato com tantos políticos ao longo da minha vida. Eu mediei os debates importantes que foram decisivos nos processos eleitorais nesses últimos 35 anos em Santa Catarina. Eu sempre tentei criticar construtivamente aqueles que estavam no meio político cada vez mais demonizado, a partir de uma bipolarização que vivemos no país, que eu particularmente não acredito que seja boa para o processo político. Até que chegou a hora de tentar oferecer um pouquinho dos meus valores que estão a disposição das pessoas para avaliarem durante todo esse processo. Existe a ética do ser humano. Eu não vou deixar de ser o que eu fui até agora. Eu cansei de ser o silêncio dos bons, embora na mídia nós não nos silenciamos. Não há nada de canto da sereia, não há nenhum tipo de pretensão diferenciada, qual seja por exemplo, a busca de valores econômicos da política. Não há essa intenção da minha parte. Acabo chegando a esse ciclo, com apoio da minha esposa e dos meus filhos, que nunca imaginaram essa possibilidade. Eu sei que estou entrando numa seara que exigiu muita coragem para tomar essa decisão", pontua.

As amizades com o prefeito de Lages, Antônio Ceron, e o ex-governador, Raimundo Colombo, foram fundamentais para a tomada de decisão. "Não houve nenhum tipo de leilão ou assediamento, nada disso. Eu entendo que a política é feita por seres humanos. Eu me deixei levar pelas pessoas que integram esses partidos que fizeram contato comigo. E eu acabei optando por um partido em que integram pelo menos duas pessoas amigas. O prefeito de Lages, Antônio Ceron, amigo desde 1974, e o ex-governador, Raimundo Colombo, que também conheci em Lages. Ele acabou me fazendo um contato. Eu decidi muito pelas pessoas. Há três meses eu não tinha nenhum projeto montado. Foi a partir de uma conversa muito rápida com o Ceron, em Lages. E aí falei, se ainda há tempo, teria que ser agora", revela Mário Motta.

Ser conhecido estadualmente não garante voto. "Existe a política aérea e a da terra. A aérea que estabelece o seu nome estadualizado. Apresentar um telejornal por anos possibilitou isso. Porém, há a necessidade de que as pessoas arregaçem as mangas e não podemos contar com o voto a partir de hoje. Eu tenho recebido menifestações que me surpreendem. E a política da terra são os cabos eleitorais. Eu devo assinar minha filiação no PSD na próxima semana. E a partir daí, com a homologação é que a gente começa efetivamente a campanha a partir dos dados que a justiça eleitoral oferece aos candidatos. Se eleito for, se merecer a confiança do eleitorado, a única coisa que posso garantir é trabalho, ética, manter os valores estabelecidos até agora em todas as áreas em que atuei nesse maravilhoso estado de Santa Catarina", finaliza.

Confira o podcast da entrevista do jornalista, Mário Motta:

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