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Investigações podem apontar mais membros de organização criminosa

Dois chefes do tráfico na região já foram presos em flagrante com 1,75 tonelada de maconha
Por Francine Ferreira Criciúma - SC, 22/12/2018 - 07:07

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Depois que cinco pessoas foram presas e uma adolescente apreendida, em flagrante, com 1,75 tonelada de maconha em Araranguá, a equipe da Divisão de Investigação Criminal (DIC) da Polícia Civil de Criciúma ainda trabalha para identificar mais membros da organização criminosa em questão. Entre os detidos estão dois chefes do grupo, já conhecidos no meio policial.

Das prisões e apreensões realizadas no momento do flagrante, a mulher detida e a adolescente apreendida foram liberadas. “Já os demais foram presos por tráfico de drogas e associação para o tráfico, com possibilidade que as provas que temos comprovem, ainda, os crimes de lavagem de dinheiro e corrupção de menores, por exemplo. Também existem mais membros dessa organização criminosa, vamos tentar identificá-los e, se estiverem vinculados e tivermos provas para isso, serão pedidas suas prisões preventivas”, argumenta o delegado da Divisão de Repressão a Entorpecentes da DIC Criciúma, Vítor Bianco Júnior.

Pela avaliação da autoridade policial, se somado, o prejuízo que a Polícia Civil causou ao mundo do crime com o flagrante da última quinta-feira varia de R$ 3 milhões a R$ 3,5 milhões. “Ao ser comprada no local de origem, a droga deve ter custado em torno de R$ 850 mil, e para venda na região giraria de R$ 2 milhões a 2,5 milhões. Além disso, foram apreendidos R$ 250 mil na casa de um dos presos, bem como caminhões, moto e cinco carros”, completa.

Os entorpecentes, segundo o delegado, seriam distribuídos em todo o Sul catarinense e na Grande Florianópolis. Com a devida autorização judicial, toda a droga apreendida foi incinerada ainda na tarde desta sexta-feira.

Oito meses de investigação

Foram oito meses de investigações que culminaram na operação realizada na quinta-feira. “Importante enaltecer o trabalho dos agentes, que a todo momento estiveram em campo. Foi necessário usar todo o efetivo da DIC de Criciúma e ainda contamos com o auxílio da DIC de Araranguá e da Polícia Rodoviária Federal, em mais de dez horas ininterruptas de campana, por isso a relevância desse grupo coeso”, ressalta Bianco Júnior.

Um dos policiais civis da equipe de investigação – que acompanhou o caso desde o início, mas prefere não se identificar – conta que os trabalhos começaram depois de uma apreensão efetuada no fim do mês de maio. “A partir dali colhemos informações, usamos meio eletrônicos para destrinchar esses dados e conseguirmos chegar aos fornecedores, ao motorista da quadrilha, às pessoas e sócios envolvidos. Foi realizado trabalho eletrônico e de campo, análise de dados, até chegar a entender a logística toda para, então, fazer o acompanhamento das entregas, filmagens, identificar casas e carros”, elenca.

Segundo o policial, também foi preciso utilizar disfarces para se passar despercebido em meio aos investigados. “Andamos pela rua parecendo mendigos, disfarçados, para poder acompanhar a chegada da droga. Já tínhamos identificado o caminhão, mas para podermos ficar perto teria que ser de uma forma que não mostrasse que éramos policiais”, acrescenta.

Apreensão histórica

Para o coordenador da DIC Criciúma, delegado André Milanese, a apreensão veio para coroar o brilhante ano da Polícia Civil. “Tivemos índices positivos em todas as divisões, reduções de roubos e homicídios, e fechamos com chave de ouro, com a maior apreensão de drogas na história da Região Sul. Em 15 anos como delegado, nunca presenciei uma apreensão tão grande”, reconhece.

Trabalho em conjunto

A ação desencadeada pela DIC Criciúma contou com grande apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Santa Catarina, que acompanhou todo o período de investigações e contribuiu também anteriormente, quando necessário.

“O povo catarinense é privilegiado com esse tipo de atitude das forças de segurança, agimos sempre integrados, sem vaidade, e quem ganha é a sociedade com esse tipo de operação. A PRF vai apoiar sempre esse tipo de ação, seja na troca de experiências ou informação, até a prisão desses agentes”, conclui o inspetor chefe da Delegacia Regional Sul da PRF/SC, Anderson Dal Bó Rosa.

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