Neste mês de abril, a sociedade volta sua atenção para a importância da compreensão, da inclusão e do apoio às pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Com isso, a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Criciúma promove iniciativas que visem facilitar o acesso a serviços essenciais aos seus estudantes. Neste contexto, a Fundação Catarinense de Educação Especial, em parceria com a Polícia Científica de Santa Catarina, estará organizando dias e horários reservados para os alunos da instituição receberem atendimento nas unidades da Polícia Científica de Santa Catarina para emissão da Carteira de Identidade.

Conforme a diretora pedagógica da Apae, Daiane Rubbo, a parceria estabelecida com o perito superintendente regional de Criciúma, Jonas Cambruzzi Pereira, firma que o primeiro momento das emissões do Registro Geral (RG) serão voltados aos alunos autistas, e posteriormente o restante dos alunos serão abrangidos. “A diferença é que eles teriam a simbologia da deficiência em um documento de identificação oficial”, ressaltou Daiane.

A campanha foi lançada em resposta às dificuldades enfrentadas pelas famílias que têm membros com autismo, especialmente em questões como a obtenção de documentos de identidade, devido ao grande volume de pessoas e ao ambiente ruidoso em locais de atendimento convencionais. De acordo com o perito superintendente regional de Polícia Científica, Jones Cambruzzi Pereira, após a formalização do acordo estadual a ação se concentrou em identificar as necessidades específicas de cada região. Assim, as lideranças das instituições credenciadas junto a Fundação Catarinense de Educação Especial ficaram com o encargo de entrar em contato com as Polícias Científicas. 

Segundo o perito, a Apae de Criciúma foi a primeira instituição que entrou em contato e foi firmada a parceira para atender essas pessoas que necessitam de uma atenção especial. “Aqui em Criciúma, por exemplo, nós temos um atendimento de 15 minutos. Para os autistas nós dobramos esse tempo, vai ser um atendimento de meia hora e ainda ficaremos com mais uma pessoa extra para qualquer situação que demore ainda mais tempo do que esses 30 minutos, para atendermos da melhor maneira possível”, destacou Pereira. 

O perito ainda reforça que dia 29 de abril todas as vagas para emissão dos documentos já estão preenchidas pela instituição. “Sessenta e quatro vagas preenchidas, que realizaremos esse atendimento para as pessoas que possuem o transtorno e que são alunos da Apae”, salientou. No dia das emissões haverá um agente, servidor de carreira, que está acostumado com situações de crise para auxiliar caso um aluno se sinta desconfortável. Mas ele reforça que é importante a presença dos pais ou responsáveis para ajudar nesses momentos.

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Colaboração: Letícia Cardoso