O Hospital São José de Criciúma realizou, de forma inédita na instituição, um procedimento de ablação de fibrilação atrial. Este é um importante avanço no tratamento das arritmias cardíacas na região Sul de Santa Catarina. A realização foi conduzida pela cardiologista e eletrofisiologista Thaize Brisolara Nogueira Koloszwa (CRM 22963 / RQE 13898), com o apoio da equipe do hospital e em parceria com o grupo Ritmo, de Florianópolis.
A ablação de fibrilação atrial é um procedimento minimamente invasivo indicado para pacientes que apresentam batimentos cardíacos acelerados e irregulares, o que pode causar sintomas como palpitações, tontura, cansaço, falta de ar e, em casos mais graves, evoluir para insuficiência cardíaca.
Durante a técnica, são introduzidos catéteres por uma veia na perna até o coração, onde é feita uma cauterização controlada em áreas específicas do átrio esquerdo. O objetivo é interromper os circuitos elétricos anormais que provocam a arritmia, restabelecendo o ritmo normal do coração."O procedimento foi realizado na sala de hemodinâmica do HSJosé, com equipamentos de alta precisão, garantindo total segurança ao paciente e excelentes taxas de sucesso", explica a médica cardiologista da instituição, Thaize Koloszwa. "Com a ablação, conseguimos não só eliminar os sintomas da arritmia, mas também reduzir o risco de complicações, como insuficiência cardíaca e necessidade de internações futuras", complementa a especialista.
Pacientes com histórico de arritmia
Os primeiros procedimentos foram realizados na última sexta-feira, dia 3, na instituição, beneficiando dois pacientes, ambos com histórico de arritmia significativa. Em um dos casos, o paciente apresentava queda da função cardíaca para apenas 28% da força de contração, situação que poderia evoluir rapidamente para insuficiência cardíaca sintomática.
Com o tratamento, a expectativa é de recuperação da função do coração e melhoria imediata na qualidade de vida.
De acordo com a especialista, a recuperação é rápida. "O paciente permanece em observação por algumas horas e, na ausência de intercorrências, pode receber alta no dia seguinte. Nos primeiros dias, recomenda-se apenas evitar esforços físicos intensos. "Depois desse período inicial, o retorno à rotina é praticamente normal, e nas semanas seguintes podemos até reduzir a quantidade de medicações de uso diário", acrescenta.