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Há 4 mil anos o Rincão era habitado por povos sambaquis

No município já foram descobertos 25 sítios arqueológicos, ao longo da Interpraias tem mais
Por Erik Behenck Balneário Rincão - SC, 22/01/2020 - 15:42 Atualizado em 22/01/2020 - 16:06
Fotos: Luana Mazzuchello
Fotos: Luana Mazzuchello

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Se Urussanga Velha tem habitantes desde pelo menos 1770, existem registros de indígenas que viviam no território onde hoje fica o Balneário Rincão há pelo menos 4 mil anos. Até hoje já foram anotados 25 sítios arqueológicos no município, conforme destacou o professor Juliano Bitencourt Campos, que é pesquisador do Laboratório de Arqueologia Pedro Ignácio Schmitz (LAPIS) e professor do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais (PPGCA - UNESC).

 “São sítios que possuem uma grande quantidade de material, que podemos chamar de históricos. São pré-históricos associados aos sambaquis, que eram indígenas pescadores, em Guarani isso significa monte de conchas. Os guaranis chegaram aqui há 1.000 anos, e encontraram esse monte de conchas”, informou.

Segundo ele, para que seja considerado um sítio arqueológico, é preciso fazer parte dos registros do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Essa entidade faz parte do Ministério da Cultura e serve para proteger o patrimônio histórico, as descobertas feitas no município litorâneo aconteceram nos últimos 30 anos.

“Da barra do Rio Torneiro, até a Barra do Rio Mampituba, esse é o mais antigo, considerando os municípios de litoral. Mas, se formos considerar até Laguna ou Jaguaruna, aí tem umas pesquisas mais antigas, mostrando habitação de 10 mil anos, e na nossa região temos coisa de 9 mil anos, em Siderópolis e Lauro Müller”, citou.

E existem sítios espalhadas por todo o território rinconense, desde o Centro, na Lagoa dos Freitas, Barra Velha e Loteamento Mirassol, onde está o mais antigo de todos eles. Mas, entre a Plataforma Sul e a Plataforma Norte não existe nenhum registro. E entre Araranguá e Jaguaruna, pela Interpraias, são 40 sítios no total.

“A partir do momento que ele foi registrado, seja por uma pesquisa acadêmica ou por um loteamento, a partir do registro, ou fica registrado e preservado com placas, ou ele é resgatado. O sítio deixa de existir e vai para uma reserva técnica, então nem todos os materiais estão nos sítios”, explicou o professor.

Conforme Campos, esse tipo de descoberta mostra como era o passado, servindo para auxiliar em questões do presente. Um dos sambaquis foi localizado na Lagoa dos Freitas, onde aconteceu um loteamento, mas o proprietário financiou pesquisas e o local foi preservado.

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