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Frio gera expectativa para a chegada da baleia-franca no litoral catarinense

Espécie vem à região para a temporada reprodutiva
Por Stefanie Machado Imbituba, SC, 09/06/2023 - 11:45
Filhote semi-albino visto na Praia de Itapirubá, Imbituba. Foto: Talita Elbert/Divulgação Instituto Australis
Filhote semi-albino visto na Praia de Itapirubá, Imbituba. Foto: Talita Elbert/Divulgação Instituto Australis

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O inverno está chegando e, com ele, a temporada da baleia-franca no litoral catarinense. No período de temperaturas baixas, o animal vem até o Sul do Brasil, especialmente na conhecida "Rota da Baleia-franca", que inclui os municípios de Garopaba, Imbituba e Laguna. Depois, no calor, a espécie migra para a Antártida. 

Conforme a diretora do projeto ProFRANCA/Instituto Australis, Karina Groch, esses mamíferos aquáticos visitam o litoral durante o inverno e a primavera. "É uma espécie que migra entre áreas de reprodução e alimentação. Aqui, nós temos uma área de concentração reprodutiva. Durante o verão, elas se alimentam na região antártica, próximo às Ilhas Geórgia do Sul. Elas armazenam energia em forma de gordura. Durante o inverno vêm para cá para o nascimento dos filhotes", esclarece. 

"Não são as mesmas que vêm para cá todos os anos. A gente consegue fazer o reconhecimento individual delas. Por isso fazemos sobrevoo para fotoidentificação e assim conseguimos observar que as fêmeas nos visitam em um intervalo de três a quatro anos", explica. Nesse período, as mães amamentam os filhotes e se recuperam fisicamente até conseguir gestar novamente. Inclusive, o tempo de gestação pode levar até um ano. 

De acordo com a pesquisadora, as primeiras baleias podem ser vistas em meados de junho. O pico de avistamentos é em setembro e elas permanecem na região até novembro. A espécie costuma ficar bem próxima da costa, por isso, não é necessário estar dentro do mar para avistá-la. 

O animal, no entanto, ainda está sob risco de extinção. Nesse cenário, o projeto ProFRANCA monitora e trabalha para a preservação da baleia-franca. "É fundamental que a gente cuide desse ambiente para garantir que a espécie continue vindo para o nosso litoral", enfatiza Karina.

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