Ir para o Conteúdo da página Ir para o Menu da página
Carregando Dados...
FIQUE POR DENTRO DE TODAS AS INFORMAÇÕES DAS ELEIÇÕES 2024!

Fraude no ramo do arroz na mira do MP no Sul do estado

Promotoria de Criciúma decretou prisão temporária de quatro pessoas e deferiu dez mandados de busca e apreensão
Por Redação Criciúma, SC, 16/12/2021 - 11:00 Atualizado em 16/12/2021 - 11:21
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Quer receber notícias como esta em seu Whatsapp? Clique aqui e entre para nosso grupo

Na manhã desta quinta-feira, 16, sob o comando do Ministério Público dos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, em conjunto com os respectivos Gaecos, Secretaria de Estado da Fazenda  (SEF/SC) e Receita Estadual (RE/RS), foi deflagrada a segunda fase da Operação Oryza a fim de combater fraude fiscal  estruturada no ramo de arroz envolvendo os estados catarinense e gaúcho.

Atendendo a 6ª Promotoria de Justiça de Criciúma, o judiciário decretou a prisão temporária de quatro pessoas e deferiu 10 mandados de busca e apreensão. No Rio Grande do Sul, a pedido da 5ª Promotoria de Justiça de Combate aos Crimes contra a Ordem Tributária de Porto Alegre foram deferidos 14 mandados de busca e apreensão. Portanto, estão sendo cumpridos ao todo 24 mandados de busca e quatro de prisão.

A operação conta com um efetivo  de cinco Promotores de Justiça, 39 policias do Gaeco,  bem como 35 auditores fiscais e 12 técnicos tributários, além da colaboração do Instituto Geral de Perícias (IGP).  A equipe  de Criciúma é formada por 37  agentes do Gaeco, entre policiais civis, militares e rodoviários federais, e 10 auditores fiscais da Fazenda Estadual.

Em Santa Catarina, a 6ª Promotoria de Justiça de Criciúma instaurou investigação a partir de relatórios firmados por auditores fiscais da Fazenda Estadual, dentre eles, Guilherme Gaspar, lotado na gerência regional de Criciúma, que indicavam a prática contumaz de fraudes tributárias por empresa localizada no sul do Estado.

No Rio Grande do Sul, a coordenação dos trabalhos está  a cargo da 5ª Promotoria de Justiça de Combate aos Crimes contra a Ordem Tributária de Porto Alegre. No curso da investigação foi verificada, em tese, a prática de ilícitos diversos, tais como crime ambiental, corrupção ativa, estelionato e outros. 

Identificação do esquema

O trabalho conjunto realizado entre ambos os Estados possibilitou a identificação do esquema, em que o arroz é retirado do solo gaúcho sem nota fiscal e armazenado em silos próprios em SC para "esquentar" a entrada "fria", sendo que empresas noteiras foram utilizadas para dar aparente origem diversa ao arroz gaúcho recebido sem nota fiscal. Com isso, havia ganho em dobro, com o aproveitamento de crédito de ICMS fictício e o acobertamento das entradas de arroz do Rio Grande do Sul. 

Segundo a apuração, este esquema garante uma grande vantagem perante outras empresas concorrentes no mercado, com a possibilidade de venda de arroz beneficiado por preço mais competitivo, aumentando as vendas e colocando-o em posição de destaque neste segmento, o que se constitui em concorrência desleal.

Para os Promotores de Justiça titulares da investigação, Vera Lúcia Coro Bedinoto (Criciúma) e Aureo Rogerio Gil Braga (Rio Grande do Sul), a atuação integrada e harmônica das instituições é sempre fundamental   para o sucesso da operação, o que possibilitará a conclusão célere desta fase da investigação, além de viabilizar a coleta de provas para garantir a efetividade do processo penal e consequente  responsabilização dos investigados.

Copyright © 2022.
Todos os direitos reservados ao Portal 4oito