Uma confusão na medida da isenção do PIS/Cofins fez os consumidores se assustarem com o aumento do preço da gasolina em alguns postos de combustíveis. Segundo Beto Benedet, empresário do ramo, o motivo foi uma confusão na virada do ano em relação ao novo governo.

“A princípio, as informações eram de que o governo não iria reeditar a medida da isenção do PIS/Cofins, o que provocaria um reajuste de em torno de R$ 0,90 na gasolina e 0,60 no diesel. Algumas companhias no dia 31 apresentaram em suas tabelas este valor. No dia 1°, alguns poucos postos repassaram esse preço embasados do que a companhia tinha repassado”, explicou Benedet.

Ele também explica que outra situação que aconteceu foi a alteração na base de cálculo da gasolina em Santa Catarina a partir do dia 1°, passando a ser R$ 5,15. 

“Isso representou dez centavos na alta do ICMS, que os postos não vão conseguir absorver. Muito nos espanta que as distribuidoras que faço a negociação, até ontem estavam com seus preços de custo embutido o PIS/Cofins, não tinham retirado ainda mesmo com a medida do governo. Hoje, eles retiraram o aumento que deveria ser de nove, dez centavos, em relação ao ICMS, foi de 20 centavos, não conseguimos falar com eles ainda para ver a razão dos repasses”, disse o empresário.

O governo federal publicou nesta segunda-feira (2) uma medida provisória que prorroga os impostos federais sobre os combustíveis. A ampliação teve que ser feita porque a do antigo governo só era válida até o dia 31 de dezembro.

O texto da medida provisória diz que para a gasolina, álcool, querosene de aviação e gás natural veicular, os impostos aplicados estão zerados até o dia 28 de fevereiro. Já para óleo diesel, biodiesel e gás natural ficam com a redução até o dia 31 de dezembro deste ano.