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Energia solar – destaque no futuro da matriz brasileira

por Ricardo Minatto Brandão
por Ricardo Minatto Brandão Criciúma, SC, 18/02/2019 - 08:00 Atualizado em 18/02/2019 - 08:03

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O Brasil possui atualmente cerca de 1.200 MW de capacidade instalada de usinas solares que geram energia elétrica e abastecem o nosso Sistema Interligado. Esse percentual deve dobrar até o final do ano de 2019, quando espera-se atingir a marca de 3.300 MW.

O índice de insolação do nosso país é um dos maiores de globo terrestre, permitindo uma projeção de crescimento consistente da geração dessa fonte, especialmente na região nordeste.

O Plano Decenal de Expansão – PDE 2027 emitido pela Empresa de Pesquisa Energética – EPE, órgão de planejamento do Ministério de Minas e Energia, sinaliza a implantação de 1.000 a 2.000 MW por ano de novas usinas solares até o horizonte de 2027.

O aumento da participação da geração solar na matriz energética se deve às grandes fazendas solares e, com destaque, ao vigoroso crescimento da chamada Geração Solar Distribuída, que é composta de placas solares instaladas em telhados e terrenos. Há apenas 4 anos havia 2.300 telhados solares no Brasil. Ao final de 2018 esse número havia saltado para 40.000. Há ainda muito espaço para crescimento nessa modalidade. Na Alemanha, por exemplo, há mais de 1.000.000 de telhados solares.

O custo de implantação dessa modalidade de geração está em curva descendente de forma célere. Isso significa que a tarifa final de geração está cada vez mais competitiva, quando comparada com as demais fontes. No último leilão de concessão de usinas promovido pela ANEEL, a tarifa dos projetos solares chegou a  R$ 114,00 por MWh, bem menor do que os projetos de geração hidráulica, biomassa e gás natural. Essa redução se deve, em grande parte, ao fato de a indústria nacional ter se capacitado para produzir partes importantes da usina, como os inversores e os “trackers” ou seguidores solar.

Atenta à esse mercado e buscando alternativas de diversificação no âmbito do setor elétrico, a Brametal desenvolveu tecnologia própria de seguidores solar que ampliam a capacidade de potência das placas de 18% para 22%, pois esse equipamento acompanha o movimento do sol de modo a manter por mais tempo o ângulo de incidência dos raios solares a 90º sobre as placas fotovoltaicas.

Equipamentos com a nossa marca já em operação em estados brasileiros confirmaram essa performance.

Neste 18 de fevereiro nossa empresa inova mais uma vez ao assinar contrato com a EDP Brasil, distribuidora no Espírito Santo, para a construção de uma usina solar em nossa área industrial de Linhares permitindo que nossa planta seja suprida 100% com energia solar. Esta usina terá capacidade nominal de gerar 1,2 MW já prevendo-se futuras ampliações. A redução no custo final na fatura decorrerá da não utilização de linhas de transmissão e distribuição para o transporte da energia, e da diminuição da carga tributária sobre a mesma. Além disso, por estar em área própria, a usina também será uma espécie de “show-room” dos nossos equipamentos destinados à geração solar.

As usinas solares ganharão impulso extraordinário num futuro muito próximo quando deixarão de ser intermitentes e passarão a despachar demanda firme. Uma nova geração de super-baterias, atualmente sendo desenvolvidas nos países que investem intensivamente em pesquisa, chegarão ao mercado provocando uma verdadeira revolução tecnológica no armazenamento de grandes blocos energia elétrica. Assunto este para outra pauta.

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