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Em nota, Federação dos Municípios critica Bolsonaro

Presidente da FECAM, Saulo Sperotto, cita "pronunciamento inadequado", que gera conflitos e prejuízos
Por Redação Florianópolis, SC, 25/03/2020 - 12:29 Atualizado em 25/03/2020 - 12:32
Saulo Sperotto, presidente da FECAM / Divulgação
Saulo Sperotto, presidente da FECAM / Divulgação

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Em nota oficial distribuída nesta quarta-feira, 25, a Federação Catarinense dos Municípios (FECAM) faz críticas ao discurso do presidente Jair Bolsonaro, que atacou medidas de isolamento social tomadas por estados e municípios, por conta do coronavírus, em pronunciamento em rede nacional na noite desta terça-feira, 24. Nesta quarta, Bolsonaro conversou com jornalistas e reforçou suas preocupações, antecipando que formatará, junto ao Ministério da Saúde, alterações no regime de isolamento, passando para o vertical, que vai prever somente a medida para idosos e pessoas com comorbidades.

Confira abaixo a nota assinada pelo presidente da FECAM, Saulo Sperotto:

Lucidez e responsabilidade

 

A Federação Catarinense de Municípios, Associações de Municípios e Consórcios (FECAM), preocupada com o pronunciamento do Presidente da República em rede nacional nesta terça-feira, 24, se manifesta em relação aos riscos causados na manifestação ao se referir a situação do Coronavírus (COVID-19) no país. 

 

Tal pronunciamento inadequado, gera graves conflitos político-institucionais, riscos à população, falta de unidade institucional e prejuízo à consolidação de estratégias nacionais para enfrentar a pandemia e proteger a vida e a saúde da população brasileira. A FECAM manterá sua posição de ouvir as autoridades sanitárias, espelhando-se no que as instituições públicas, entidades e a maioria das lideranças brasileiras propõe e implementam: o isolamento social e a tomada de medidas preventivas, em esforços conjuntos para preparar a nação brasileira no enfrentamento da pandemia que ameaça toda a sociedade, a economia e nosso futuro. 

 

Estados e municípios tomam medidas, com coragem e protagonismo, na função de cumprir medidas estaduais e locais. Pelo mundo inteiro, exemplos demonstram que o enfrentamento determinado e o isolamento social representam o único caminho eficaz. A Índia prepara o isolamento de 1,3 bilhão de pessoas e Organização Mundial de Saúde é enfática em orientar por medidas firmes e preventivas. No Brasil, em posição inaceitável, o Presidente destoa, desinforma e deve ser ignorado. A gestão pública catarinense, unida, continua agindo determinada em proteção à população. A FECAM pede que o Estado de Santa Catarina se mantenha firme e reafirme sua posição de restrições. 

 

As medidas de isolamento social devem ser asseguradas. As restrições de circulação são ações responsáveis e ainda precisam ser mantidas. O posicionamento do governo do Estado de Santa Catarina, preditivo, antecipatório e precursor, merece apoio do municipalismo e a mesma posição deve ser assumida pelas forças produtivas e a sociedade em geral. Num Estado produtivo e pujante como Santa Catarina, com equilíbrio, as autoridades têm ajustado critérios e limites de forma responsável em defesa da população. Que toda a sociedade tenha paciência e firmeza para sustentar mais alguns dias de medidas duras e necessárias para abreviar a duração da pandemia, pois os entes públicos e sistema de saúde precisa desse tempo para enfrentar adequadamente o que vem pela frente.

 

Nosso ambiente econômico precisa colaborar. Os órgãos de controle precisam colaborar. A imprensa precisa colaborar. Os cidadãos precisam colaborar. A cidadania precisa compreender que os sacrifícios antecipatórios são para salvar vidas, proteger pessoas vulneráveis, salvar idosos e exercer a solidariedade que nos cabe como civilização. 

 

A FECAM mantém-se pronta para continuar colaborando, dialogando e pautando as autoridades sanitárias. A FECAM defenderá apoio financeiro aos municípios e pede ponderação e equilíbrio para as autoridades federais. Pelos próximos dias, o esforço catarinense deve estar concentrado em uma missão central: praticar o isolamento social, restringir a circulação de pessoas, assegurar a infraestrutura mínima essencial, preparar medidas econômicas de proteção à economia, empreendedores e municípios. A FECAM pede apoio da sociedade para com as autoridades competentes que cientificamente nos orientam e roga à população catarinense: FIQUE EM CASA!

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