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Em defesa da Educação

Por Redação Criciúma, SC, 16/08/2020 - 09:03
Foto: Divulgação
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Esta semana eu iria escrever sobre o mais relevante assunto deste momento no Brasil: a triste realidade da pandemia em nosso país, a partir da perspectiva das mais de 100 mil mortes ocorridas por Covid 19.

Nenhum outro tema é mais importante que este hoje.

No entanto, como milhões de brasileiros, fui surpreendido com a recente notícia de que o MEC anunciou corte de cerca de R$ 4,2 bilhões nos investimentos da educação para 2021, o que representa 18,2% do total do dinheiro destinado a área.

18,2%!!!

Isto em um momento que, em razão da pandemia, as despesas nas escolas e universidades devem aumentar com a volta das aulas presenciais.

Esse corte atinge a educação brasileira em todos os níveis, mas, em especial, irá causar mais problemas para as universidades e institutos federais.

Os reitores das universidades brasileiras nos informam que o investimento feito pelo governo federal na educação vem caindo ano após ano.

Foi de R$ 98 bilhões e R$ 933 milhões em 2017, R$ 93 bilhões e R$ 902 milhões em 2018 e R$ 92 bilhões e R$ 376 milhões em 2019.

Em 2020 o valor destinado ao ensino superior é insuficiente para o pagamento das despesas das instituições universitárias, o que fará com que a totalidade das universidades públicas fechem o ano com um balanço negativo.

Acrescente-se aí a previsão de aumento de gastos para cobrir as novas obrigações impostas pela pandemia e teremos um quadro bastante grave.

Todos nós entendemos que o momento é difícil e que a pandemia impôs novos e grandes gastos por parte do governo federal, seja em investimentos na saúde, seja em função do auxílio emergencial para milhões de brasileiros que de uma hora para outra se viram em situação de total fragilidade.

Sabemos que precisamos buscar soluções.

Mas entendemos também que as soluções precisam ser discutidas de forma coletiva, com a classe política e com a sociedade como um todo.

Acreditamos que o caminho não pode ser uma decisão de meia dúzia de burocratas reunidos em uma sala sem ouvir os principais interessados.

Esta semana, ao fazer uma “live” para falar sobre a reforma tributária, o ministro Paulo Guedes aparece em uma sala com uma estante às suas costas que cobre toda a parede. Ele argumenta a favor da reforma, uma reforma que entre outras coisas aumenta os impostos dos livros. Detalhe: na estante aparecem alguns poucos objetos de decoração e nenhum livro. Isto explica o que o governo pensa sobre conhecimento e educação.

Precisamos nos unir todos em defesa da educação brasileira. Precisamos dizer NÃO ao corte na educação.


Rodrigo Minotto
Deputado estadual
2º Vice-Presidente da Assembleia Legislativa de SC
Vice-presidente estadual do PDT/SC

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