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Deputado pergunta: "Douglas Borba é representante comercial?"

Kennedy Nunes colocou um dos discursos fortes de ontem na Alesc sobre as denúncias que desembocam na CPI dos Respiradores
Por Denis Luciano Florianópolis, SC, 06/05/2020 - 08:07 Atualizado em 06/05/2020 - 08:21
Deputado Kennedy Nunes / Divulgação
Deputado Kennedy Nunes / Divulgação

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Está aberta a CPI dos Respiradores. Foi montada oficialmente nesta terça-feira, 6, na Assembleia Legislativa (Alesc) com o deputado Sargento Lima (PSL) na presidência e o deputado Ivan Naatz (PL) como relator. A sessão foi tensa ontem, com os deputados estaduais repercutindo a entrevista da ex-servidora pública Márcia Regina Pauli. Ela era supervisora de Compras da Secretaria de Estado da Saúde e, à NDTV, fez graves acusações contra os secretários Douglas Borba (da Casa Civil) e Helton Zeferino (ex-titular da Saúde). Márcia implicou Douglas como diretamente responsável pela definição da empresa Veigamed como a fornecedora de 200 respiradores por R$ 33 milhões, com o pagamento antecipados dos equipamentos que ainda não foram entregues.

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"Está cada dia um pouco pior a situação do governo. Mais de R$ 32 milhões tinham vazado, e quem vai pagar essa conta? Quem vai recuperar esse dinheiro?", afirmou ontem, na sessão da Alesc, o deputado Kennedy Nunes (PSD). "A desembargadora diz que o telefone anunciado cai numa casa de massagem, não é massagem terapêutica não, é de putaria mesmo", referiu. "A coitada da servidora foi o bode expiatório, pagou a conta sozinha. Um empresário de Joinville recebeu uma ligação de alguém pedindo R$ 3 milhões", sublinhou o parlamentar.

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Kennedy bateu forte em Douglas Borba. "Se você prestar atenção no que ela fala, todas as propostas foram encaminhadas pela Casa Civil. O Douglas Borba é um representante comercial?", destacou. Ouça, no podcast, o pronunciamento do deputado ontem na Alesc e, durante a fala dele, um trecho da entrevista da ex-servidora à NDTV.

Defesa do secretário

Em entrevista coletiva no fim da tarde passada, o chefe da Casa Civil foi cauteloso nas suas afirmações. Fez questão de bater na tecla que o preço dos respiradores pagos por Santa Catarina é de mercado e que acredita que os equipamentos serão entregues. "Não tem como a gente avaliar de fato o mercado, basta fazer um comparativo com relação às compras praticadas por outros estados no mesmo período, isso é importante", disse. "Não houve qualquer participação ou pedido da Casa Civil no tocante à aquisição desses respiradores", garantiu o secretário.

A respeito dos prazos, Douglas afirmou que o atraso vem sendo uma tônica. "Equipamentos comprados pelo Governo Federal para entrega em abril, seriam postergados os prazos de entrega para outubro", observou. "Ao escolher as propostas, analisamos prazos de entrega. A questão preço está bem elucidada", completou.

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A ex-servidora denunciou que Douglas Borba mantinha aliados em secretarias para agilizar processos de seu interesse. "Não tenho assessor na Secretaria de Saúde, ninguém que autorize falar por mim, trato com todos os secretários de uma maneira respeitosa, sempre com os secretários. Não tenho ingerência para pedir, mandar que seja feito ato a, ato b, ou qualquer ação sem conversar com o secretário", rebateu. 

Márcia bateu na tecla de que as irregularidades capitaneadas por Douglas Borba "aconteceram muito próximo do gabinete do governador Carlos Moisés, na sala ao lado". "A servidora, eu não conhecia, apesar de ser superintendente de Compras da Saúde, passei a conhece-la no fim de março. Chegavam orçamentos e cotações de vários contatos, de maneiras diferentes, seja por outros secretários, por fornecedores que se apresentavam, meu telefone todo mundo tem, prefeitos, deputados, acabavam chegando muitos orçamentos e eu encaminhava ao secretário", arrematou o secretário.

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