Com o decreto de situação de emergência em saúde pública em todo o território catarinense, anunciado na última quinta-feira (12) pelo Governo do Estado, os olhos se voltam agora para os índices regionais. Em Criciúma, o cenário preocupa e apresenta 85% dos leitos ocupados, e a cobertura vacinal contra a gripe ainda é de apenas 56%, bem abaixo da meta estipulada de 90%.
De acordo com o secretário municipal de Saúde, Deivid Freitas Floriano, é um momento delicado e precisa de atenção. “Já vínhamos monitorando o crescimento dos casos desde maio. Agora, com a chegada do frio, a tendência é que piore, precisamos agir agora, não deixando ficar pior.”
A decisão do governo estadual veio em resposta ao crescente número de internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). O secretário afirma que embora a região sul ainda não tenha atingido o colapso dos leitos de UTI, como já ocorre em outras regiões do estado, a pressão sobre o sistema de saúde está aumentando. “Em alguns momentos já chegamos perto dos 100% de ocupação e tivemos que encaminhar pacientes para outras regiões. Por isso, estamos trabalhando com todas as unidades de saúde mobilizadas e com horário estendido para vacinação”, afirmou Deivid.
A cobertura vacinal segue sendo a principal preocupação, a cidade está longe da meta e enfrenta o mesmo desafio do ano passado, quando os índices também ficaram abaixo do esperado. A falta de adesão impacta diretamente no aumento dos casos graves e, consequentemente, nas internações. “A vacina é o único método comprovadamente eficaz no controle da gripe. Temos 46 unidades com salas de vacina, 13 delas abertas até as 19h e plantão aos sábados na unidade da Boa Vista. Só falta a população comparecer”, destacou o secretário.
Ouça a entrevista do Secretário na íntegra: