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CPI das Apostas vai ouvir 60 pessoas sobre supostas manipulações em jogos de futebol

Deputado federal Daniel Freitas, de Criciúma, é titular na Comissão
Por Stefanie Machado Criciúma, SC, 22/05/2023 - 11:34 Atualizado em 22/05/2023 - 11:50
Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

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A partir das investigações do Ministério Público de Goiás na operação 'Penalidade Máxima', a Comissão Parlamentar de Inquérito, a CPI das Apostas Esportivas, quer encontrar os culpados por trás da suposta manipulação nos resultados de jogos de futebol. A primeira reunião do grupo está marcada para esta terça-feira (23), na Câmara dos Deputados. 

Relembre:

  • Operação Penalidade Máxima, do MP-GO, iniciou em fevereiro a partir de denúncias envolvendo o Vila Nova;
  • Estão sendo investigados manipulação em jogos de futebol em decorrência de apostas;
  • Manipulações teriam ocorrido em partidas das Séries A e B, além de competições estaduais; 
  • Hoje, são mais de 15 investigados, entre jogadores e apostadores;
  • CPI das Apostas Esportivas foi instaurada em maio.

Ao todo, serão 120 dias de trabalho. "Nós temos uma grande missão. Será um processo investigatório que vai, certamente, levantar fatos, dados e argumentos para que a gente possa encontrar os culpados e puni-los para cessar a corrupção no futebol brasileiro", afirmou o deputado federal Daniel Freitas (PL), membro titular da Comissão. 

Ainda conforme Freitas, serão ouvidas 60 pessoas neste primeiro momento. Entre eles, o presidente da Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL), Wesley Cardia. "Para muitos, as casas de apostas também são vítimas das pessoas que estão manipulando os jogos. Mas para isso nós precisamos identificar. Acho que o trabalho da CPI será fundamental para chegarmos ao final e entregarmos a regulamentação dessas apostas no país", explicou. 

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O deputado chama atenção para o fato de que a maioria dos clubes da Série A do Campeonato Brasileiro são patrocinados por essas casas de apostas. Além disso, o governo acredita que, após a regulamentação, será possível arrecadar aproximadamente R$ 15 bilhões.

"O mercado do futebol inclui transferência de jogadores, premiação de campeonatos, patrocínios, cotas de transmissão televisiva. Movimenta R$ 50 bilhões por ano. Já o mercado de apostas chega a R$ 150 bilhões, o triplo. É muito dinheiro envolvido", destacou. "A CPI vai buscar os culpados e trazer de volta a credibilidade para o futebol brasileiro", concluiu o deputado. 

Entenda a operação

Toda a repercussão é resultado da operação do Ministério Público de Goiás, intitulada 'Penalidade Máxima', que investiga manipulação em jogos de futebol no país. A primeira denúncia surgiu por meio do presidente do Vila Nova, Hugo Jorge Bravo. À época, ele revelou que o meia Marcos Vinícius Alves Barreira, mais conhecido como Romário, teria aceitado R$ 150 mil para cometer um pênalti em uma partida da Série B, em 2022.

Importante destacar que as casas especializadas oferecem várias modalidades de apostas, além do resultado de um jogo. Hoje, é possível apostar números de cartões amarelos ou vermelhos, finalizações e cobranças de pênaltis. Posteriormente, as investigações foram ampliadas e incluiu também jogos da Série A e competições estaduais. 

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