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Coopera: hidrelétrica centraliza debate

Atual gestão e oposição divergem sobre a gestão e a execução da PCH
Por Renan Medeiros 18/01/2024 - 08:06 Atualizado em 18/01/2024 - 10:17
Foto: Divulgação/Coopera
Foto: Divulgação/Coopera

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A Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Boa Vista, empreendimento da Coopera, está polarizando os debates que antecedem a eleição na cooperativa, marcada para o dia 27 de janeiro. A PCH fica entre Lages e São Joaquim e foi concebida para gerar receita adicional para a Coopera. A atual gestão, que tem Rogério Feller (chapa 1) como candidato à sucessão, e a oposição, liderada pelo candidato Ricardo Ximenes (chapa 2), divergem sobre a execução e os resultados projetados.

Nesta semana, a Coopera divulgou institucionalmente um comunicado destacando a importância do investimento e de como ele vai beneficiar os cooperados. O investimento na obra, prevista para ficar pronta em 90 dias, chega a aproximadamente R$ 70 milhões até o momento.

O presidente atual da cooperativa, Walmir Rampinelli, assegura que o retorno é expressivo e garantido. "A energia, que ainda nem está sendo produzida, já foi comprada em um Leilão Público de Energia por empresas como Cemig, Coelba e Light. Os contratos preveem a venda por 20 anos, renováveis por mais 20 anos. O faturamento estimado é de R$ 600 mil mensais, somando R$ 288 milhões para a Coopera até o final dos contratos", diz. 

Ricardo Ximenes, por outro lado, levanta questões críticas sobre a transparência, a execução e a gestão do empreendimento. O candidato oposicionista disse ter visitado o local da PCH, descreveu a obra como abandonada e expressou preocupações quanto à parceria entre a Coopera e a Vaccaro Construtora, que possui 10% do empreendimento sem ter realizado aportes financeiros, segundo ele.

“Encontrei lá uma obra abandonada, sem sequer um guarda para cuidar. Tinham duas pessoas de uma empresa terceirizada fazendo a manutenção do local onde estão os motores, maquinário e a fiação, pois tinha sido tudo inundado por mais 28 metros de água. As fotos desmentem que está tudo bem, pois não está. O projeto foi mal feito. O local nem terminou e já foi inundado”, criticou Ximenes.

Na PCH Boa Vista, foram represadas as águas do rio Lava Tudo, na Serra Catarinense. De acordo com a construtora, as chuvas dos últimos meses impactaram no cronograma. “Estamos trabalhando fortemente para entregar a obra à Coopera nos próximos noventa dias", justifica Fábio Rigatti, diretor técnico da Vaccaro Construtora Ltda, empresa executora da obra, no comunicado emitido pela Coopera.

A construção da hidrelétrica foi aprovada pelos cooperados durante assembleia em 2020.

O assunto já havia sido abordado pelos candidatos durante à Rádio Som Maior, no programa Adelor Lessa. Ouça abaixo, respectivamente, as entrevistas com os candidatos Rogério Feller e Ricardo Ximenes ao jornalista Enio Biz. A eleição será no dia 27 de janeiro, das 8h às 17h, em Forquilhinha, Criciúma e Nova Veneza.

A eleição mobiliza as forças políticas dos municípios atendidos pela Coopera e de toda a região. 

Feller é apoiado por lideranças políticas de partidos como PL, PP, MDB, PSDB e PDT. Entre os apoiadores, estão o prefeito de Nova Veneza, Rogério Frigo (PSDB) e os ex-prefeitos de Forquilhinha Vanderlei Alexandre (PP) e Dimas Kammer. Os deputados estaduais Rodrigo Minotto (PDT) e Tiago Zilli (MDB) também manifestaram apoio a Feller.

Ximenes tem o apoio de lideranças sobretudo do PSD, a exemplo do prefeito de Forquilhinha, José Cláudio Gonçalves, o Neguinho, o deputado estadual Júlio Garcia e o deputado federal licenciado Ricardo Guidi, secretário de Estado de Meio Ambiente e Economia Verde.

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