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Cerâmica vermelha perde 40% de mercado

Setor é outro que enfrenta dificuldades devido à pandemia da Covid-19
Por Marciano Bortolin Morro da Fumaças, SC, 23/04/2020 - 17:21 Atualizado em 23/04/2020 - 17:54
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Em um momento que o setor estava apresentando melhoras e crescimento, chega a pandemia do coronavírus (Covid-19) e coloca quase tudo a perder. Isso é o que acontece com a cerâmica vermelha. Forte em municípios como Morro da Fumaça, Sangão e Treze de Maio, o ramo já perdeu 40% do mercado, é o que afirma o presidente do Sindicato da Cerâmica Vermelha (Sindicer), César Galatto. 

Antes da eleição, em 2018, as pessoas estavam receosas em investir em imóveis. Após o pleito, esta aplicação iniciou, o que aumentou a procura pelos materiais de construção, como telha e tijolos, porém agora, com a pandemia, as obras estão paradas. “Muitas empresas totalmente paradas, em férias coletivas. Porque depende de Rio de Janeiro e São Paulo”, destaca Galatto.

Ele confirma que o setor vinha em um bom momento. “Vinha melhorando, estava em um bom caminho e em seis meses iríamos estar melhores. Se tiver desemprego a situação fica pior. Estamos aguardando para ver como estará no próximo mês, se as empresas terão como cobrir a folha de pagamento”, fala.

Conforme Marcelo Carvalho, da Cooperativa de Exploração Mineral (Coopemi), a extração de argila, matéria-prima da cerâmica vermelha, caiu cerca de 50%. “A Coopemi, também fornece insumos para empresas de setores como plástico e fitas e, para estes, a saída diminuiu em torno de 80%”, revela.

Proprietário de uma empresa de telha branca com sede no município de Sangão, Rosanio Redivo, comenta que está trabalhando com 70% da produção. “Mas a parte comercial não acompanhou e as vendas caíram em torno de 50%. Acredito que esta situação não seja diferente para os outros empresários. Estocamos produtos no primeiro mês, mas se esta situação for recorrente, se continuar assim nos próximos meses, daí teremos que reduzir ainda mais a produção”, afirma.

O Rio Grande do Sul, que é outro grande polo consumidor, retomou nesta semana, o que aliviou a situação de muitas cerâmicas de tijolos, já que o estado vizinho também é um grande consumidor. Porém, a situação daqueles que produzem telhas vai  além, e fica a mercê do paralisação da construção civil no Sudeste.

Queda do consumo

O presidente do Sindicato das Indústrias de Cerâmica (Sindiceram), Otmar Müller, relata que o setr cerâmico é bastante afetado principalmente pela queda do consumo, da demanda de compra pelo produto e que os empresários estão buscando evitar demissões. “Temos um bom relacionamento com o sindicato dos trabalhadores e fizemos o segundo aditivo à convenção coletiva da categoria. A primeira garantiu a licença remunerada e a segunda para garantir a suspensão do contrato de trabalho por meio da Medida Provisória do Governo Federal. Isso visa assegurar os empregos.

As empresas vão trabalhar com estes mecanismos, na suspensão do contrato ou redução da jornada, garantindo também acesso ao auxílio emergencial de R$ 600”, diz.
Ele fala que, assim como a cerâmica vermelha, o principal mercado está no Sudeste. “Lá está bem afetado. O comércio de São Paulo, por exemplo, está fechado. A maior preocupação é a saúde e depois vem os reflexos econômicos. Ainda não tem como saber como irá ficar”, pontua. 

Tags: coronavírus

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