O Plano Rio Mãe Luzia 2045, que busca promover a despoluição e revitalização do curso hídrico, ganhou novas etapas. Após encontro na Amrec, com os representantes de Criciúma, Forquilhinha, Nova Veneza e Treviso, a próxima reunião será com a Sociedade de Assistência aos Trabalhadores do Carvão (SATC), com o obejtivo de pontuar as ações necessárias ao longo de todo o trajeto do rio. O plano de recuperação e urbanização é uma iniciativa da AMREC em parceria com o Consórcio Intermunicipal Multifinalitário (CIM-AMREC), e o município de Forquilhinha.
A previsão é do projeto técnico ser apresentado na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30) que acontece em novembro deste ano, para buscar recursos internacionais para a execução. O planejamento foi detalhado pelo presidente do CIM-AMREC e prefeito de Forquilhinha, José Cláudio Gonçalves, o Neguinho, em entrevista ao Programa Adelor Lessa nesta segunda-feira (16).
Conforme o prefeito, o plano tem a meta de que, em cerca de 20 anos, o rio possa se tornar uma fonte alternativa de abastecimento de água potável para a região, o esforço é para construir um projeto coletivo e de longo prazo. "Nós ainda estamos engatinhando nesse projeto, nós começamos em janeiro, já fizemos diversas reuniões, conversamos com todos os prefeitos da região carbonífera, com a SATC, Justiça Federal e Ministério Público Federal", explicou Neguinho.
O Rio Mãe Luzia nasce em Treviso e percorre aproximadamente 105 km, atravessando os municípios de Siderópolis, Nova Veneza, Criciúma, Forquilhinha, Maracajá e desaguando no Rio Araranguá. "É um rio de grande vazão e com potencial real de ser despoluído. Pensando nos próximos 20 ou 30 anos, quando o Rio São Bento pode já não dar conta de abastecer a barragem, o Mãe Luzia surge como alternativa concreta", reforçou o prefeito.
Ouça a entrevista com o prefeito de Forquilhinha, José Cláudio Gonçalves, o Neguinho: