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Archimedes analisa o Governo Bolsonaro

Comentarista diz que o presidente continua agindo como se fosse campanha
Por Redação Criciúma - SC, 07/03/2019 - 13:30

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Em seu comentário desta quinta-feira (7), Archimedes Naspolini Filho falou sobre o presidente da República, Jair Bolsonaro. Lembrou que ele foi escolhido pela maioria, mesmo assim, de acordo com o comentarista, Bolsonaro continua em campanha. Disse também que a TV Globo tem atacado o presidente, mais do que deveria.

Ouça o comentário:

Confira o texto na íntegra:

O Brasil inteiro torceu e a maioria dos eleitores votou em Bolsonaro para nos presidir. Ganhou as eleições e se tornou na figura central da hierarquia do poder na “terra Tupiniquim”. Foi a batalha da direita contra a esquerda e a direita foi a vencedora.

Normalmente, passado o pleito e dada a posse aos eleitos, a fração de políticos que foi vencida, dá uma trégua de aproximadamente 100 dias para, somente a partir daí, começar a mostrar suas garras e fazer oposição. A oposição, aliás, é uma força indispensável para que nos autoproclamemos uma democracia.

Jair Bolsonaro assumiu, chamou seus amigos para comporem o seu governo, desconheceu o modus operandi que sempre imperou na formação e formatação de governo não indo barganhar apoio de partidos políticos em troca de apoio à sua gestão.

E o Brasil aplaudiu. Acabou o toma lá dá cá. Os tempos são outros e a sua bandeira de campanha proclamava isto, alto e bom som.

E o governo começou. E começaram as trapalhadas. Se o uso do cachimbo deixa a boca torta, a falta de familiaridade com o poder promove as trapalhadas que se tornaram rotina no governo recém instalado.

E vieram os filhos. Mas o Brasil não votou nos filhos, votou no pai dos filhos. Mas os filhos representam o pai embora o pai é que é o presidente.

O que chamou atenção, mesmo, nestes dois primeiros meses de governo é que o nosso presidente, parece, continua em campanha. Gosta que se enrosca de bisbilhotar nas redes sociais. Nesse quesito, os brasileiros imaginávamos que ele sequer teria tempo para agradecer um elogio que pudesse aparecer no seu whatsap por uma ação governamental qualquer.

A postagem que Jair Bolsonaro publicou nas redes sociais, sobre o carnaval, convenhamos, seria completamente dispensável. Não acrescenta nada, até porque isso faz parte dos brasileiros que se divertem nessas redes todos os dias o dia todo. Ou há algum puritano que nunca compartilhou uma figura ou vídeo sensual ou pornográfico? Acho que só o Bonner e a Renata, do Jornal Nacional, não o fazem. (Pois sim!). Aliás, o presidente fez o que a Globo propaga todos os dias nas suas novelas, estas sim, uma pouca vergonha aos bons costumes e à moral. Fez o que pede a esquerda, que lhe condena por ter feito exatamente o que recomenda.

Mas o presidente, que ainda surfa na gordura da esmagadora vitória de outubro do ano passado, não precisava utilizar seu tempo para tal comunicação. Não há como discordar: isso não pode fazer parte do dia-a-dia de um presidente de uma República do tamanho da brasileira. Ou, que dê suas espiadas, mas sem compartilhamento, sem exposição.

A TV Globo, por sua vez, exagerou nos registros jornalísticos, nos comentários e nos arroubos próprios de quem exulta com a derrapada de um adversário. Não é aquilo tudo. Especialmente quando diz que a imprensa do mundo inteiro comentou o episódio.

Mentira! Um que outro colunista de um que outro jornal de um que outro país fez um comentário até em tom jocoso, mas nada que pudesse empanar o prestígio do Brasil junto ao concerto das nações e viesse a diminuir a força de um presidente diferente. Agora, para quem ouviu o Jornal Nacional de ontem, parece que uma catástrofe se abateu sobre o nosso país.

Não é nada disso. E segunda-feira os brasileiros já teremos esquecido esse episódio que, repito, não precisava ter ocorrido: isso ficaria bem no celular de qualquer um dos três filhotes, menos no dele.

Remar contra a maré, deixa para os filhos: eles são exímios nesse mister.

Estou seguro de que a confiança e as esperanças no presidente Bolsonaro continuam inalteradas, mas cautela e caldo de galinha – já dizia a madre superiora – não fazem mal a ninguém.

E que todos comecemos o dia como queremos termina-lo! Bom dia!

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