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Aprenda com Elon Musk como NÃO assumir um negócio

Especialista em cultura corporativa analisa o “método” adotado pelo novo dono do Twitter

Por Giovana Bordignon Criciúma, SC, 21/11/2022 - 18:03 Atualizado em 21/11/2022 - 18:04
Foto: Divulgação/ Twitter
Foto: Divulgação/ Twitter

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Logo após assumir o Twitter, no início de novembro, Elon Musk já tomou decisões que chocaram os internautas e geraram muitos comentários. Sua primeira ação como gestor foi demitir boa parte dos funcionários da empresa. Para o consultor de empresas e especialista em cultura corporativa, Igor Drudi, o ato não é exatamente o que se espera do novo proprietário de uma empresa. Ele explicou qual teria sido a forma correta de gerir a Big Tech.

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“O primeiro ponto é entender a razão. Por que fazer o que fez? Qualquer coisa que o Elon Musk tenha feito, é preciso ver a técnica. Ele chegou demitindo CEO, diretor, enfim, toda a cadeia de alto-comando e, na sequência, desdobrou em vários times técnicos”, ressaltou o especialista.

Downsizing e rightsizing

Drudi cita duas maneiras de redução de pessoal que podem ser usadas por um empresário. O downsizing e rightsizing são estratégias que podem ajudar as organizações a amenizarem os impactos em momentos de crise.

“O downsizing faz essa redução do time visando a eficiência na operação. A gente viu muitas empresas de tecnologia fazendo isso. Esse downsizing significa, justamente, reduzir custos. Mas aqui não foi esse o caso”, exemplificou o consultor de empresa.

“O rightsizing é quando a gente enxuga a empresa por ela ter gente demais, a operação, realmente, tem ociosidade. É a redução do time para deixar apenas as pessoas corretas em pontos-chave, para se recontratar conforme a demanda”, acrescentou Drudi.

Para ele, o bilionário pode ter feito o rightsizing de um jeito muito radical e com algumas pegadas de downsizing. Musk quis deixar as pessoas certas que ele precisava, para pode trazer gente “dele”. “Justamente para fazer essa pressão cultural no negócio que ele adquiriu agora. Ele não é onipresente, ele tem outros negócios para tocar”, completou.

Como fazer esse movimento acontecer

Igor Drudi pontuou duas abordagens para que este movimento seja mais eficaz. O primeiro passo antes de fazer uma mudança radical, como as realizadas por Elon Musk, é preciso pensar em uma mudança evolutiva, afinal, tudo que envolve revolução gera muito gasto.

“Então ele precisa olhar e fazer um estudo mais profundo, e aí vem a capacidade de construir disgnósticos de negócio”, explicou. “Assim, o empresário entende como estão os números, entende como está essa operação no detalhe, para, já no processo de aquisição, já ter um plano de ação”, completou.

Já o segundo ponto, consiste em ter estratégia de cenário, ou seja, saber para onde se almeja ir e informações a equipe sobre as primeiras estratégias do negócio. Dessa forma, nenhum funcionário é pego de surpresa com uma demissão inesperada, como deve ter sido o caso do Twitter

“Dá pra ver que é um negócio meio atropelado, ele vai querer, justamente, se aproveitar da base de usuários para fazer algo novo, que ninguém sabe ainda”, concluiu Igor Drudi.

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