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Aos poucos, sonhos adormecidos vão se tornando realidade

Na semana passada, alguns condôminos lesados pela Criciúma Construções receberam a chave dos apartamentos do Edifício Supreme
Por Geórgia Gava Criciúma, SC, 11/04/2022 - 07:15 Atualizado em 12/04/2022 - 08:25
Foto Divulgação / Concretur
Foto Divulgação / Concretur

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Antigos sonhos estão, finalmente, se tornando realidade. Condôminos que investiram na compra de um apartamento junto à Criciúma Construções, puderam pegar as chaves das suas próprias residências após anos de espera. A obra do Edifício Supreme, com 150 apartamentos e 19 salas comerciais, no bairro Michel, foi finalizada pela Concretur Construtora e entregue na última semana.  

Cristiano Marques, diretor-geral da Concretur; Maria Helena Meis, presidente da Comissão de Representantes do Residencial Supreme, e Fábio Guidi, um dos condôminos lesados pela Criciúma Construções, estiveram no programa 60 Minutos, entrevistados por Arthur Lessa. Na oportunidade, eles deram detalhes dos últimos anos, na busca pela conclusão das obras no imóvel. 

“Quando recebemos esse desafio, tivemos que avaliar muito, até por se tratar de uma obra de recuperação judicial. Isso envolve sonhos, famílias e uma série de situações complexas. Mas, no momento em que conversamos com a Maria Helena, juntamente com o Fábio e o Renan [membro da associação], a gente visualizou ali uma oportunidade de desarmar uma bomba”, comenta o diretor-geral da Concretur, Cristiano Marques. 

Concretur foi procurada

A Concretur foi procurada pelos moradores que fazem parte da associação, a fim de darem continuidade na obra, que estava pouco mais de 30% finalizada à época. “A antiga incorporadora deixou um míssil que tinha que ser desarmado por alguém. Então, quando trouxeram essa situação, a gente avaliou e buscou profissionais à altura para que tudo fosse possível. Ali, começou todo esse processo de recuperação juntamente com a associação, encabeçada pela Maria Helena, Fábio e o Renan”, enfatiza Marques.  

Apesar de ter passado mais de cinco anos, as lembranças da época em que souberam da situação ainda paira na mente dos condôminos. “Tudo começou comigo vendo que a obra onde eu tinha um apartamento estava parada. Não tinha mais funcionários trabalhando. Aí, você começa a entrar em contato com outras pessoas e vê que a obra onde eles têm apartamento também está parada. Depois, foi noticiado que a Criciúma Construções estava devendo aos colaboradores e que não estava mais construindo”, relembra Maria Helena. 

Credores criaram associações

Motivados pela busca em resolver o prejuízo, moradores que investiram com a Criciúma Construções criaram associações para reunir os condôminos lesados. “Através dessa entidade, a gente buscou o Ministério Público e foi onde tudo aconteceu”, enfatiza a presidente. “Isso envolve, além de questões financeiras, as sociais e de saúde. A gente sabe que no meio do caminho, pessoas não suportaram o que aconteceu. Muitos deram seu único imóvel em troca de outro e ficaram sem nenhum”, ressalta Fábio Guidi. 

A Concretur foi parte fundamental no processo de finalização do Edifício Supreme. “Muitas construtoras, principalmente, as maiores da cidade, não tiveram interesse em assumir essa obra para nós. Então, se tornava difícil, as que aceitavam, elas queriam pagamento à vista ou financiamento bancário. A única que fez um projeto que a gente pudesse pagar, foi a Concretur”, pontua Maria Helena. 

Outras horas também recuperadas

Segundo o diretor-geral da construtora, outras obras já foram recuperadas. “Esses desafios acabam nos preparando para outras etapas. A Concretur já recuperou outras duas obras, no Rincão e no centro de Criciúma. Mas, eram obras com 80% e 90%, já bem avançadas”, frisa Marques. “No caso do Supreme, que tinha em torno de 33% concluído a parte estrutural, o maior desafio para Concretur foi juntar as peças, entender o cenário como um todo”, detalha. 

Ainda conforme Marques, cada obra tem as suas particularidades. “Começamos também a fazer um trabalho de resgate. Toda a confiança e credibilidade, elas se perderam, então tivemos que reconstruir isso, encontrar mecanismos. Foi um trabalho árduo, doloroso e longo, até chegar no último dia 31, que a gente conseguiu resgatar um sonho que se perdeu lá atrás”, completa o diretor-geral. 

Apartamentos do Supreme em leilão

O Edifício Supreme possui 21 mil metros quadrados, 150 apartamentos, além de 19 salas comerciais e duas torres. “Nao foram só os condôminos que ganharam com tudo isso, foi a cidade. Fazendo uma avaliação, tem uma credibilidade no mercado. Não foi só uma vitória para a Concretur, mas representa a confiança que se perdeu lá atrás, que gerou um impacto não só na região, mas no estado”, acrescenta o representante da construtora. 

Nos próximos dias, um leilão deve ser realizado, com alguns apartamentos do Edifício Supreme. “O primeiro será pelo valor de mercado, então, se sobrar algum montante, vai para o antigo proprietário. No segundo leilão, caso não tenha nenhuma oferta no primeiro, é pelo valor da dívida, provavelmente não sobra nada para o proprietário”, explica Maria Helena. “Esse dinheiro vai entrar no caixa do condomínio e ser utilizado para pagar a construtora”, complementa Guidi.

“Passamos 11 unidades à Concretur como entrada de pagamento e, dessas, eles foram fazendo permutas, comprando tijolo, areia, ferro, até a gente ter um caixa. Hoje, nós temos 33 unidades inadimplentes, que nunca pagaram nada ao condomínio, que vão a leilão nos próximos dias”, finaliza a presidente da associação.

Confira a entrevista completa no podcast abaixo:

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