Se do Demboski para o Terminal da Próspera teve passageiro reclamando de falta de controle da lotação, com gente sentada lado a lado e até dividindo o mesmo banco no primeiro horário desta segunda-feira, 8, dia da retomada do transporte coletivo em Criciúma, um cenário um pouco diferente foi conferido pela reportagem do 4oito, que viajou no Amarelinho.

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O repórter Guilherme Nuernberg constatou que o controle não é dos maiores no interior do ônibus. Um dos funcionários ouvido contou que a orientação "é para limitar a entrada quando estiver 100% lotado". Linhas amarelas foram fixadas no piso do ônibus, mas foi fácil perceber que ninguém estava respeitando a delimitação do distanciamento.

Nesse ônibus, havia 19 passageiros, cinco em pé durante a viagem de poucos minutos.

Um cobrador que trabalhou logo cedo confirmou que “por enquanto tá tranquilo. Fiquei sem serviço nenhum". A expectativa de avolumar a procura pelo serviço está na volta dos idosos ao sistema. Na decisão inicial, da prefeitura de Criciúma e da Associação Criciumense de Transporte Urbano (ACTU)." Quero ver quando os idosos descobrirem que voltou a funcionar”, observou o cobrador.

Decisão judicial que veio à tona neste domingo, 7, aponta que idosos com idade igual ou superior a 65 anos poderá fazer uso dos ônibus, contrariando a determinação inicial. Ação Civil Pública ajuizada pela Defensoria Pública de Santa Catarina foi acolhida pela Vara da Fazenda da Comarca de Criciúma, que deu parecer pela inconstitucionalidade da decisão municipal. Mas, pelo menos nas duas primeiras horas de transporte retomado, a reportagem não flagrou idosos nos ônibus.

Na viagem de ida e volta entre os terminais do Centro e Pinheirinho, pouca gente embarcando nas plataformas. Três pessoas entraram no ônibus no sentido Centro-bairro. A clara impressão é de que há uma cautela ainda pelos usuários. Todos usando máscaras, muitos procurando o álcool gel que está instalado perto de uma das portas do ônibus e a certeza de que somente os que precisam do ônibus para razões profissionais aderiram ao serviço nessa retomada, depois de quase três meses de suspensão.