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“A estrutura partidária brasileira não favorece a participação da mulher na política”

Deputada federal Yeda Crusius fala sobre a necessidade da presença feminina na política pública
Por Clara Floriano Criciúma - SC, 20/10/2017 - 11:31 Atualizado em 20/10/2017 - 11:35

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A política brasileira carece de presenças femininas. A grande maioria dos partidos são compostos por homens, o que faz com que elas não tenham visibilidade. Apesar disso, existem mulheres como as deputadas federais Yeda Crusius, do Rio Grande do Sul, e Geovânia de Sá, de Santa Catarina, que lutam para garantir o espaço das mulheres.

Pensando nisso, na noite desta quinta-feira (19), Yeda ministrou palestra sobre o assunto no Teatro Municipal de Nova Veneza, à convite de Geovânia.

“As mulheres fazem política diariamente, a educação dentro de casa, as enfermeiras tomam conta dos hospitais, as professoras tomam conta das turmas na escola, é fazer política. Não uma política partidária ou ideológica, é a busca que a gente tem de buscar as nossas coisas. A estrutura partidária brasileira não favorece a participação da mulher na política”, explicou Yeda.

Apenas 10% da Câmara de Deputados é composta por mulheres. “No meu partido e da Geovânia tem 13,6% de deputadas na sua bancada. Partidos que tem mais mulheres são partidos menores. 10% é muito pouco, tem alguma coisa de errado. Por isso, nós criamos um secretariado para mulheres, para que elas venham para a política. Mas é o próprio jogo partidário que faz esse jogo da política que espanta muito as mulheres”, contou Yeda.

Yeda disse que o PSDB tem um bom resultado com eleições para dentro do partido. São eleições municipais, novas executivas estaduais e eleição de uma nova executiva. “O número de mulheres que agora preside o partido por todo o Brasil é muito grande”, explicou.

Para garantir a participação feminina, criou-se uma lei de cotas para que 30% de candidatos a eleições sejam mulheres. “Depois que o Tribunal Eleitoral cortou o tempo de televisão e o fundo partidário para quem não obedece a cota ou não dá recursos pro segmento das mulheres, o tribunal corta. Por isso, nas eleições de 2014 muitos partidos foram penalizados. Mas em 2016 tivemos milhares de candidatas a vereadoras laranjas, que não tiveram nem o próprio voto”, revelou Yeda.

Para a deputada, essa situação só será revertida quando as mulheres pararem de aceitar ser “laranjas”. “Não vai mais me usar, acha outra. E aos pouquinhos não acha nenhuma. E essa cultura de fazer politicamente para mulher é o que os secretariados das mulheres dos partidos tentam fazer”, disse Yeda.

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