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A competitividade como gatilho motivador

Por Érico Fontana* Criciúma, 23/04/2018 - 18:58 Atualizado em 23/04/2018 - 19:04

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Dentro de um contexto corporativo, o colaborador que mais se destaca não é aquele que encara a competitividade como uma disputa entre ele e outra pessoa. Quem compete consigo é aquele que vai mais longe. Poucas pessoas levam em consideração o quão positivo (e até surpreendente) é competir com você mesmo. Conseguir superar seus próprios limites, bater seus recordes, ir além até do que você imaginava. Além de o resultado ser maior, a recompensa também é mais satisfatória. Não há benefício maior que o prazer de notar a auto evolução. Se eu tivesse que definir a meritocracia em poucas palavras, não teria dúvida: é a arte de criar um ambiente que proporcione a competitividade individual. É claro que a meritocracia também está vinculada às recompensas que oferecemos às pessoas que se destacam, que evoluem e se superam. Mas o grande lance para um gestor moderno é enxergar além do condicionamento de pessoas aos benefícios tangíveis, como crescimento na hierarquia corporativa e ganhos financeiros. É mais interessante ensinar as pessoas a terem prazer com a auto evolução, conduzi-las ao ponto ideal de que notar sua própria evolução é tão compensatório quanto um cargo ou um salário melhor.

Com base nessas convicções, implementamos e levamos muito a sério a meritocracia aqui na Construtora Fontana. E vamos além. Não estimulamos a competitividade pessoal e a recompensamos apenas aos nossos colaboradores. Proporcionamos esse ambiente em todas as esferas dos nossos negócios, incluindo os agentes externos. Criamos, por exemplo, programas de pontos e recompensas de alto nível aos corretores de imóveis que comercializam nossos imóveis. A meritocracia nos tira sempre da zona de conforto e não permite que o profissional faça uso daquele atalho mental muito comum nas pessoas: “terceirizar” a responsabilidade sobre seus atos e resultados. O cérebro humano busca sempre usar a lei do menor esforço. Por isso, é muito comum que os profissionais busquem justificativas externas para as suas frustrações: “meu chefe tem marcação comigo”, “eu não consigo vender porque o mercado está ruim ou as condições da empresa dificultam a venda”, “eu merecia a promoção, mas fui sabotado”, etc. Através da Meritocracia, os objetivos são pré-definidos e muito claros. O profissional sabe exatamente o que ele precisa fazer para crescer na empresa ou, em caso de agentes externos, ser bem recompensado pelo seu esforço. O sucesso ou insucesso profissional está claramente nas mãos dele e isso é um grande aliado para gerar entusiasmo. Vale ressaltar que motivação é uma questão diária. Você motiva pessoas hoje e amanhã elas já podem estar desmotivadas novamente. Portanto, muito além de colaboradores motivados, precisamos de pessoas entusiasmadas. O entusiasmo sim é permanente e tem maior constância, diferente da motivação. Esse profissional entusiasmado e motivado busca a superação e a excelência a cada dia, criando, assim, outro fator de grande valia para as empresas: a produtividade.

A produtividade em níveis satisfatórios está entre os maiores desafios das corporações. E, convenhamos, o momento atual da economia brasileira exige níveis de produtividade cada vez mais elevados. Isso porque, passamos um longo período mergulhados em uma crise financeira sem precedentes. As empresas fizeram cortes e passaram a trabalhar com equipes extremamente enxutas. O novo momento da economia, de retomada e avanços, mostra aquecimento considerável em vários setores. Mas não deixa de ser ainda um estágio de retomada. Apesar de a demanda em setores como a Construção Civil estar crescendo de forma satisfatória, não será do dia pra noite que as empresas irão contratar em massa, ter sobra de oferta para a demanda do mercado. Por outro lado, não se pode perder negócios por não conseguir atender a procura elevada depois de um período de investimentos represados. Notamos isso claramente na indústria automobilística, por exemplo. Depois de longos períodos sem picos de vendas, as montadoras já encontram dificuldades para atender a atual demanda, que resulta em compradores de automóveis em longas filas de espera. É justamente neste ponto que a produtividade faz a diferença. Todos os integrantes dos processos dentro das corporações precisarão se doar um pouco mais, fazer ainda mais e melhor, para atender aos novos tempos – e novas demandas. Como é notório, motivar pessoas e provocá-las a produzir em níveis cada vez mais intensos não é somente uma necessidade de gestão, mas uma questão de sobrevivência na relação mercado atual e economia nacional.

* Érico Bez Fontana é Diretor Comercial na Construtora Fontana.

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