O vice-prefeito de Criciúma, Ricardo Fabris está fora do PSD. A formalização de sua saída correu ontem, após encontro dele com o deputado estadual, Júlio Garcia e também com o presidente municipal da sigla, Ricardo Guidi. Eleito e reeleito vice-prefeito na chapa com Clésio Salvaro para dois mandatos consecutivos, Ricardo Fabris está avaliando quais serão seus próximos passos políticos. Disse que ainda não definiu se, de fato, irá participar da eleição deste ano como candidato e, se for, vai concorrer ao cargo de vereador. Para isso, precisa definir seu novo partido até o próximo dia 5 de abril, sexta-feira que vem.

Ricardo diz que só irá se filiar a uma nova sigla se decidir ser candidato. Se não for para a disputa, vai participar como apoiador, mas não irá se filiar. Sobre isso, ele disse, ainda, que “qualquer lugar da cidade tem uma placa de inauguração de obra e meu nome ta lá, ao lado do prefeito Clésio Salvaro, isso é uma conquista. Fico muito orgulhoso”. Citando convites de vários partidos, o vice diz que não busca apenas um partido, mas sim um propósito.

Nas redes sociais, ele está se posicionando como pré-candidato a vereador. Ao ser questionado sobre isso, interrompeu a pergunta e disse:

“Não era o meu propósito. Eu me preparei esse tempo todo para ser candidato a prefeito. Se me perguntarem onde eu errei, então, eu digo que não errei em nada. Foi uma escolha, de um grande líder de Criciúma, que é o Salvaro, que fez uma escolha dele". Ricardo Fabris disse que nunca atrapalhou o governo e que isso lhe rendeu a imagem de omisso. “Não fui omisso. Foi o meu silêncio para não criar um conflito um governo que estava dando certo”.

O vice de Clésio disse que está preparando para ser oposição ao prefeito, se precisar.

“Na última conversa que tive com ele, fui muito sincero e dei sugestões e acho que uma das minhas sugestões ele atendeu, pelo que eu soube da reunião do secretariado. Absolutamente ninguém vai poder me chamar de traidor”.

- O Sr. não integra o novo projeto político de Clésio Salvaro. Isso faz com que o Sr. se sinta pouco valorizado? Isso te incomoda?

- Não. Eu imagino que o prefeito tenha uma confiança muito grande no candidato dele que é o Arleu da Silveira. A gente tem que discutir que confiança é essa. Eu fico muito tranquilo com o papel que eu fiz e do dever cumprido. Eu não estou dizendo que eu vou ser oposição ao prefeito Clésio Salvaro, eu posso estar ao lado dele, depende muito mais dele, do que de mim.

Conversa com Ricardo Guidi

"O que eu falei pro Ricardo Guidi é que ele não terá mais uma chance como essa, de uma eleição que pode ser plebiscitária porque em 2028 surgirão outras lideranças, novas lideranças, até mesmo o próprio Salvaro candidato de novo. Ele se interessou pela dívida da prefeitura, pela folha de pagamento, pela relação com os servidores e alguns projetos da cidade", destacou sobre o encontro do Guidi.

A polêmica do STU

Sobre a recente polêmica com as bandas que fariam shows no Parque Altair Guidi, Ricardo Fabris disse que em sua playlist tem músicas do rapper Criolo, epicentro da crise e que daria outro encaminhamento.

"Eu acho que toda essa situação do STU poderia ter sido um pouco mais discutida com o comando do STU. O prefeito caiu numa pegadinha porque ele não sabia da programação dos shows. Quem era o responsável por isso, devia ter comunicado o prefeito. Faltou quem tá em volta do prefeito, ter comunicado o prefeito. Ele foi avisado pela mídia. O Criolo é um sambista. Não me interessa o posicionamento político dele, não me interessa. Me interessa as músicas que ele toca". 

Ouça a entrevista completa neste link.