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Ricardo Guidi, Eron Giordani, a lei da teimosia e a sogra

O rádio continua protagonista em plena era digital

Por Maga Stopassoli 09/08/2023 - 19:24 Atualizado em 09/08/2023 - 19:25

Se o nobre leitor tinha alguma dúvida sobre o alcance e o poder do rádio em plena era digital, é porque nunca disse uma frase polêmica, ao vivo na rádio Som Maior, de Criciúma. Se você é avesso a fortes emoções, nem precisa passar pela experiência de sentir na pele a adrenalina de precisar se explicar por ter dito algo que virou polêmica nas ondas no rádio. Basta acompanhar o Plenário, nosso quadro diário no Programa Adelor Lessa pois, lá, informação, diversão, debate político e um pouco de “socorro, Deus”, nós garantimos.

Recentemente, ao responder a uma provocação sobre a ausência de lideranças de seu partido no ato de posse como Secretário do Meio Ambiente, Ricardo Guidi se viu envolto numa polêmica estadual. Na última sexta-feira (4), Upiara Boschi quis saber se Ricardo contava com a presença da cúpula da sigla em sua posse ou achava que eles “ficariam em casa, dando banho na sogra” – uma maneira bem-humorada de justificar ausência num compromisso, sem ter uma justificativa muito plausível.

Ricardo riu e disse que tinha convidado amigos e apoiadores e tinha certeza que estariam lá “em peso”. Já na terça-feira (8), empossado, Guidi nos deu nova entrevista. Nela, fez questão de nominar boa parte dos que estiveram presentes no ato na Casa D’Agronômica, como estratégia para minimizar a ausência da cúpula peessedista. De fato, a posse foi muito prestigiada e contou com um bom número de prefeitos, deputados estaduais, federais, colegas secretários, empresários criciumenses, representantes da sociedade civil e até padres. Nessa segunda entrevista o novo secretário novamente foi questionado sobre as ausências. Ele habilmente disse que preferia falar das presenças e não das ausências e emendou dizendo que muitos dos que não foram, justificaram e é natural já que moram em outras cidades. “Como o próprio Upiara falou, talvez teve gente que não foi porque preferiu dar banho na sogra”, disse o secretário, em referência à brincadeira da semana anterior e mostrando que é bom de memória. Foi o suficiente para um incêndio estadual dentro e fora de seu partido. A declaração de Ricardo teve várias interpretações. Houve quem avaliasse que houve exagero, houve quem tenha levado na brincadeira. Internamente, o partido não achou graça.

Lei da teimosia

Nesta quarta-feira (9), foi a vez de ouvirmos o presidente estadual do PSD, Eron Giordani. A pauta não era só essa. Primeiro, ele falou sobre a mudança de nome do modelo de transferências especiais aos municípios, que tem sua digital direta, criado no governo Moisés, quando Eron era chefe da Casa Civil. 

“O governo encaminhou um projeto de Lei pra Assembleia que poderia chamar de Lei da Teimosia. Vai fazer a mesma coisa que vinha sendo feita só que com outro nome”, disse em referencia ao rebatizado TEV – transferência especial voluntária, o antigo pix. Em seguida, minimizou o impacto do que foi dito por Ricardo em sua entrevista de ontem, dizendo que foi um “momento de bobeira” e ressaltou que não há necessidade de ruptura (partidária) em razão de um momento simples de infelicidade. “Essa declaração infeliz não combina com ele”, pontuou. Depois, com o tom de voz que nunca oscila, como quem tem controle da situação, o virginiano Eron Giordani, perfeccionista como praxe dos nascidos em setembro, lembrou que Ricardo Guidi tem direito de ter suas pretensões pessoais. “Essa é uma questão pessoal que cabe ao deputado fazer avaliação. A mim e à executiva do partido, cabe uma avaliação sobre que o partido quer pra 2024, pra 2026, se devemos ou não participar de determinados governos, embora, até hoje não tivemos nenhuma conversa oficial sobre isso. E temos uma posição clara, transparente e pública de independência”.

Usando o serviço da Maga de tradução de discurso político, o que Eron quis dizer foi mais ou menos o seguinte: “Ricardo Guidi pode fazer as escolhas dele e não vamos tirá-lo do partido, mas quem manda aqui sou eu (e a executiva)”. E isso implica de modo direto nos desdobramentos partidários para as próximas eleições. Já Ricardo Guidi, nascido num 28 de setembro, portanto um libriano indeciso, nato, deve estar perdendo sono pensando qual caminho tomar, se fica ou sai do partido.

Enquanto os novos capítulos dessa novela não são disponibilizados para a audiência, voltamos ao tema que abriu esse texto, para dizer que o rádio segue sendo não só um importante meio de comunicação, como também um espaço democrático que faz parte do dia a dia das pessoas, levando informação, entretenimento e afastando o tédio.

Ah, e a sogra? A sogra vai bem. Obrigada.

 

 

 

 

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