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Nada como um segundo mandato parlamentar para polir o discurso de um político. Quando o político em questão é um dos mais polêmicos do estado, como é o caso do deputado estadual Jessé Lopes (PL), então, mais ainda.
Jessé foi eleito em 2018 na primeira onda Bolsonaro que inundou o país, elegendo representantes de direita com um perfil mais radical, seja na escolha das pautas, seja na forma de defendê-las. Em seu primeiro mandato, Jessé colecionou polêmicas e críticas e se manteve em pauta boa parte do tempo por declarações que deram margem para muitos processos aos quais o parlamentar ainda responde já justiça. Na primeira eleição, ele foi de base aliada a crítico ferrenho do então governador Carlos Moisés que viveu dias difíceis tendo Jessé na oposição. Um dos episódios mais marcantes foi quando o deputado estadual removeu um quadro do governador da parede, colocou no chão de seu gabinete, fez uma foto e mandou no zap. Foi um rastilho de pólvora. Depois disso, teve ainda um tuíte, na falecida rede social do passarinho, que Jessé contabiliza como um arrependimento (assista no vídeo a seguir). Já no segundo mandato, o deputado criciumense, agora reeleito, lembra pouco a postura do primeiro mandato. Sem entrar no mérito das pautas que defende, Jessé adotou um tom político moderado em suas declarações, aprendeu a discordar sem fazer alarde do governador do qual é base na Assembleia e entendeu que, em suas manifestações, sejam escritas ou faladas, um risco, vira Francisco. Se no primeiro mandato o quadro do governador Moisés acabou virando polêmica, no segundo mandato, Jorginho Mello não foi pra parede de seu gabinete. Sendo assim, o atual governador pode ficar tranquilo: não corre o risco, pelo menos por enquanto, de virar alvo dos seguidores de Jessé – que são muitos. O parlamentar foi o convidado desta segunda-feira (18), do Parlatório, na rádio Som Maior. Durante o programa, falou que não tem intenção de ser candidato nem a prefeito, nem a vice, na próxima eleição em Criciúma e brincou dizendo que “vice-prefeito não tem imunidade parlamentar. Com imunidade já está difícil, imagina sem imunidade”. Na sequência, o deputado foi questionado sobre como anda o “departamento de pagamento de processos”, já que esse é um assunto que ele conhece bem. O parlamentar disse que está com muitos processos e que “não ganha nada”. Assista ao programa completo aqui:
