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* as opiniões expressas neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do 4oito
Por Ananda Figueiredo 31/08/2017 - 11:50 Atualizado em 31/08/2017 - 12:13

O bebê sentou sozinho – click. Se lambuzou de papinha – click. Primeiro dia de escola – click.

Se, quando éramos crianças, os registros da infância eram guardados como preciosidades raras em empoeirados álbuns de família, hoje é fato que ganharam um novo espaço: as redes sociais. Acrescenta-se ai a facilidade, agilidade e gratuidade do ambiente virtual e pronto, já não é mais necessário esperar por uma ocasião especial.

A prática de compartilhar fotos dos filhos nas redes sociais se tornou tão popular e comum que ganhou até nome: sharenting, neologismo que resulta da fusão de duas palavras do inglês que significam "compartilhar" e "pais". Com o crescimento da prática, cresceram também as pesquisas sobre o sharenting, a exemplo de uma publicada recentemente, realizada nos EUA, que concluiu que 96% dos usuários do mundo compartilham suas informações na internet e 66% dos pais e mães postam nas redes sociais fotos e vídeos de seus filhos. Considerando que recentemente, o facebook anunciou que chegou ao incrível número de 2 bilhões de usuários - ou seja, 26% da população mundial - parece que misturar a vida real com a digital já é um caminho sem volta. Mas, então, como podemos agir para que não seja necessário abandonar as redes sociais, mas sem colocar nossos filhos e filhas em risco?

Primeiro: evite mostrar detalhes da rotina de seus filhos, especialmente se a foto revelar muitas informações, como o uniforme com o nome da escola, os horários de chegada e saída, a selfie em frente a placa com o nome do prédio em que mora. Os check-ins também são reveladores e podem indicar onde as crianças estão e - ainda mais perigoso - quando estarão sozinhas.

Além disso, parece óbvio, mas não é: jamais poste fotos de partes ou situações íntimas. Eu já vi postagens de fotos de crianças usando o vaso sanitário pela primeira vez ou até tomando banho (eu sei que você deve ter uma foto tomando banho, mas é bem provável que ela esteja guardada em segurança dentro de sua caixa de fotografias). Em grupos virtuais de mães, voltados inicialmente para a troca de opiniões e experiências, é comum ver fotos de genitais de crianças acompanhadas de pedidos de informações sobre assaduras ou outros problemas de pele. É simples dizer que essas fotos podem cair em mãos erradas e, assim, receber conotação maliciosa. Além do que, será que, no futuro, essa foto não poderá servir de chacota para seu filho?

Se a vontade de dividir um momento fofo de seu filho ou filha é incontrolável, tudo bem! Mas que tal postá-la no grupo da família ou então definir melhor a privacidade da postagem - apenas entre familiares e amigos próximos, por exemplo? Eu sei que seu filho é a criança mais linda e encantadora do mundo e que você quer que todos saibam disso, no entanto, será que vale o risco de nos tornarmos os criadores de situações constrangedoras ou perigosas para nossas crianças?

Por Ananda Figueiredo 30/08/2017 - 17:10 Atualizado em 30/08/2017 - 19:49

Meninas de todas as gerações já escutaram a frase imperativa "Senta igual mocinha!", ou ainda "Você não pode fazer isso porque isso não é coisa de menina!" - considerando que coisa de menina é algo ligado à delicadeza, doçura, passividade e ao cuidado, sobretudo com a aparência física. Mas, feliz e finalmente, isso vem mudando exponencialmente.

Como toda mãe, Kate Parker costuma tirar fotos do cotidiano de suas duas filhas. No entanto, além de mãe, Kate é também fotógrafa e, ao analisar seus registros, percebeu a autenticidade das filhas e de suas amigas quando fotografadas espontaneamente. Percebendo que os comportamentos registrados iam na contramão dos estereótipos de gênero, Kate transformou suas fotografias em um projeto chamado Strong is the New Pretty: a Celebration of Girls Being Themselves (em tradução livre, Forte é o Novo Bonito: Uma Celebração de Meninas Sendo Elas Mesmas), que se converteu em um livro de mesmo nome, publicado recentemente nos Estados Unidos. A obra reúne 175 fotos de suas filhas e outras garotas sendo autênticas em diversas atividades - de um mergulho na piscina até a luta contra um câncer. O intuito, de acordo com o prefácio do livro, é mostrar que a beleza feminina não está ligada a características e comportamentos predeterminados, mas sim a aceitação em ser quem se é - coisa que as crianças já entenderam muito melhor do que nós, adultos. 

Confira algumas fotos:

Tem beleza maior do que a felicidade das crianças estampada nestas fotos? 

 

Livro: Strong is the New Pretty: a Celebration of Girls Being Themselves, de Kate Parker, da Workman Publishing . 

Por Ananda Figueiredo 29/08/2017 - 20:00

Ah, como é bom dormir, não é mesmo? E se eu lhe disser que, além de todos os benefícios que já conhecemos, dormir nos deixa mais inteligentes?

O professor Sean Drummond, da Universidade da Califórnia em San Diego, afirma que o sono tem influência direta sobre a nossa capacidade de concentração, resolução de problemas e aprendizagem. De acordo com as suas pesquisas mais recentes, um adulto em estado de vigília contínua por 21 horas tem aptidões equivalentes às de alguém alcoolizado - alcoolizado mesmo, a ponto de não conseguir dirigir! O mesmo pode acontecer se passarmos duas ou três noites seguidas dormindo muito tarde e acordando muito cedo, ou seja, dormindo menos horas do que nosso corpo necessita (veja a imagem abaixo).

Quantas horas você precisa dormir para ser inteligente? P.s.: e saudável!

Neste sentido, é como se dormir bem (obviamente sem excessos) nos tornasse mais inteligentes – pelo menos mais do que podemos ser quando passamos tempo demais acordados. Uma pesquisa desenvolvida com 191 adultos na Universidade de Lübeck, na Alemanha, mostrou que dormir bem durante a noite é fundamental para nos lembrarmos melhor do que aprendemos. Tecnicamente, isso acontece porque, durante o descanso, ocorre a síntese de proteínas responsáveis pelo desenvolvimento de conexões neurais, necessárias para aprimorar habilidades como a memória. Quando dormimos, nosso cérebro seleciona as informações acumuladas, guardando aquilo que considera importante, descartando o supérfluo e fixando, assim, as lições que aprendemos ao longo do dia. Por esse motivo, é comum que pessoas que dormem mal tenham dificuldade para lembrar de situações simples, como episódios ocorridos no dia anterior ou nomes de pessoas próximas.

Vale lembrar ainda que diversos sistemas corporais são afetados de forma negativa pelo sono inadequado: coração, pulmões, rins, apetite, metabolismo e controle de peso, função imunológica e resistência a doenças, sensibilidade à dor, tempo de reação, humor e função cerebral. Por isso, o sono ruim também é fator de risco para o desenvolvimento de doenças, como as cardiovasculares, o câncer - especialmente o de mama e o acidente vascular cerebral (o popular "derrame"), além de aumentar o peso e nos deixar mais propensos aos resfriados. Do ponto de vista da doença mental, dormir mal também é um fator de risco para a depressão e abuso de substâncias, principalmente entre pessoas com transtorno de estresse pós-traumático. 

Por isso, o que você está esperando? Saia já da internet e vá dormir - boa noite!!!

Por Ananda Figueiredo 28/08/2017 - 19:30 Atualizado em 28/08/2017 - 22:46

Muitas famílias me procuram se queixando da dificuldade de dizer “não” para as crianças. O interessante é que também para os pequenos têm sido extremamente difícil conviver com tantos “nãos” que os adultos impõem. Além disso, e ainda mais importante: as crianças já não sabem mais diferenciar os "nãos" que são temporários – a maioria (por exemplo, não suba na cadeira) daqueles que são para sempre – poucos, mas importantíssimos.

Você conhece aquela máxima de que "criança precisa de limite"? De tanto insistirmos nesta afirmação, que é válida, mas precisa ser dosada, acabamos produzindo tantos "nãos" na vida das crianças que essa palavra passou a ser vazia de sentido. Chegamos a um ponto em que “não” significa absolutamente nada para eles. Ouvir “não” é, portanto, comum.

Desde muito pequena, a criança ouve a mãe e o pai dizerem muitos "nãos”, mas será que todos são necessários? Dizer, por exemplo "Não jogue isso no chão", "Não brinque com a comida", "Não estrague seu brinquedo", "Não suba no sofá com sapato", "Não espalhe água no banho", etc, é, realmente, necessário?

Em minha experiência, estes seriam os “nãos” desnecessários. Isso porque, com crianças em casa, quem precisaria ter mais limites são os pais e não os filhos. Somos nós, pais e mães, que devemos, por um período, renunciar a alguns prazeres – como o de ter uma casa cheia de enfeites e completamente limpa. Somos nós que devemos acompanhar a criança brincando e explorando o mundo, e não proibi-la de fazer isso. Somos nós que precisamos entender que água, comida na roupa, sujeira, são coisas de criança e fundamentais para o seu desenvolvimento.

Portanto, economize nos “nãos” para usá-los quando realmente forem importantes. Por exemplo: em vez de dizer "não mexa no celular agora", que tal guardar o celular por esse período? Simples atitudes como esta costumam ser bem mais eficientes e, o melhor, fazem com que a criança entenda o valor do “não” e o respeite muito mais quando ele for realmente relevante. Afinal, é mais importante manter a casa em ordem ou ensinar à criança os valores fundamentais de sua família?

Por Ananda Figueiredo 27/08/2017 - 15:30 Atualizado em 27/08/2017 - 16:37

Em algum momento da sua vida, você já tomou algum antitérmico, analgésico ou relaxante muscular, certo? Imagino que também possa afirmar que você já tenha tomado mais de uma vez e, inclusive, sem receituário médico. Como sabe, então, que a medicação foi eficaz? Suponho que você esteja pensando agora: "Ora, Ananda, porque deixei de sofrer com a dor que estava sentindo."

Ok! Vamos falar então de outra abordagem terapêutica, focando nos resultados que ela tem oferecido no tratameto dos mais diversos sofrimentos: a psicoterapia. Ainda nos anos 1800, ao atender Bertha Pappenheim (que, nos escritos, foi chamada de Anna O.), paciente que sofria de alucinações histéricas, sonambulismo e se recusava até a beber água, Freud teve uma sacada genial: expressar em voz alta pensamentos opressores e resgatar lembranças traumáticas causam efeitos benéficos não só à mente, mas também ao corpo.  Desde então, muitas pesquisas têm sido realizadas neste campo e, aqui, focaremos em duas da área das neurociências, recentemente concluídas.

No ano passado, a Universidade de Amsterdã submeteu 20 pessoas com transtorno do estresse pós-traumático (distúrbio que geralmente atinge quem passa por traumas como sequestro, acidentes graves e abuso sexual) a sessões semanais de psicoterapia psicanalítica durante quatro meses. Enquanto isso, outras 15 pessoas com o mesmo diagnóstico ficaram num grupo sem tratamento. Ao final deste período, o cérebro de quem fez terapia mudou: houve mais atividade em regiões do córtex pré-frontal, o que, na prática, significa dizer que o tratamento deu alívio a sintomas que têm estreita relação com traumas, como o estado de alerta permanente e recordações que geram intenso sofrimento, que se manifestam em pesadelos e pensamentos recorrentes.

Antes disso, uma pesquisa semelhante realizada na Universidade de São Paulo, também com pacientes com estresse pós-traumático, concluiu que aqueles que foram às sessões de psicoterapia tiveram mais atividade no córtex pré-frontal e menos na amígdala. Como esta parte do cérebro regula nossa sensação de medo, a relação é direta: a terapia reduziu o medo e a ansiedade dos pacientes.

Você pode, ainda, perguntar àqueles que já fizeram psicoterapia, por qualquer razão que seja. Vou inserir aqui o feedback de um paciente que atendi alguns anos atrás (ele autorizou a reprodução):

"Está sendo de suma importância para a melhora da minha qualidade de vida, me ajudando a abrir portas que eu não imaginava que pudesse conseguir, estou conseguindo mudanças na forma de sentir e reagir. Décadas de muita angústia e sofrimento, mas subi degraus e minha autoestima saiu do zero. Do receio e apreensão que tive nas primeiras sessões, hoje tenho prazer, fortalecimento gradativo e esperança."

Por que estou escrevendo sobre isso? Porque hoje, dia 27 de agosto, é o dia do psicólogo - parabéns, queridos colegas! E, especialmente, para agradecer cada paciente que à mim confia a honra de conhecer suas mazelas e tocar em seu sofrimento para, juntos, construirmos uma vida mais leve, saudável e feliz. E, ainda, para dizer para você, caro leitor, que é possível, bem possível, resolver seu problema e dar fim ao seu sofrimento, com a mesma certeza que você tem quando toma um antitérmico, analgésico ou relaxante muscular. Criciúma e região têm excelentes profissionais, tenho certeza que você encontrará um psicólogo ou psicóloga para chamar de seu ;)

Por Ananda Figueiredo 26/08/2017 - 22:00 Atualizado em 26/08/2017 - 23:55

Em cada fase de desenvolvimento da criança, nos preocupamos com algo que ela precisa aprender: escovar os dentes, comer sozinho, ler, escrever... Mas você, adulto, lida bem com as emoções no dia a dia? Pergunto isso porque, vale lembrar sempre, não faremos bem aquilo que não aprendemos com qualidade - sobretudo quando crianças.

Quanto menores as crianças são, em geral, menor seu repertório emocional. É bem provável, por exemplo, que seus filhos e filhas, durante um momento de frustração, já tenham dito que odeia você. É claro que o ódio do qual ele fala não é o que nós, adultos, conhecemos. Na verdade, é mais uma questão de vocabulário, de repertório. Fácil imaginar, por exemplo, que a criança não sabe o que é agridoce – ou é doce, ou é salgado. O mesmo ocorre com relação às emoções – neste caso, ou é amor, ou é ódio.

Se, no entanto, o paladar se desenvolve espontaneamente,  é preciso um processo educativo das emoções. Assim como é possível aprender as letras e associá-las à palavras e sons, os sentimentos também podem ser identificados e atrelados aos comportamentos. E o processo é bem simples, são só três passos:

1: Identificação: Neste momento, seu papel é ajudar seu filho a reconhecer o que está sentindo. Quando ele chorar ou estiver com raiva, por exemplo, que tal substituir o “não foi nada” por “eu sei que você está com raiva” ou “sei que você está se sentindo de determinada forma”?

2: Expressão: Uma vez que ele aprendeu a dar nome ao que sente, é hora de encontrar maneiras para que ele expresse de forma saudável. Ao invés das clássicas mordidas, por exemplo, onde seu filho poderia canalizar esta energia? Esportes, artes, passeios no parque, entre tantas outras opções, podem resolver esta questão.

3: Controle: Quando a criança já identificou o sentimento e já conseguiu expressá-lo,  deixa de reagir tomada por impulso. Isso faz com que ela se sinta mais autoconfiante e segura e que lide melhor com as dificuldades que surgirem na escola ou até na família.

Na prática, então: não minimize o que a criança está sentindo e aproveite os momentos em que a própria criança, personagens de desenho e até mesmo você estiver sob forte influência das emoções para conversar e alfabetizar sobre esta emoção ou sentimento. E, principalmente, não esqueça de dizer que a ama!

Por Ananda Figueiredo 25/08/2017 - 08:00

Você conhece alguém teimoso? Claro, não estamos falando de você ;)

 Merim Bilaliće e Peter McLeod, ambos doutores em Psicologia, após anos de teimosia dedicação ao tema, identificaram o que chamam de efeito Einstellung. Em uma tentativa grosseira de traduzir, poderíamos dizer que trata-se de uma fixação funcional do cérebro em respostas ou explicações por ele já conhecidas. Em outras palavras, diante de um problema, o cérebro de qualquer um de nós caminha rapidamente para uma solução familiar - aquela que primeiro vem à mente. A diferença entre você e os teimosos que conhece é que eles se atém muito fortemente à esta resposta e ignoram todas as outras possibilidades, ou seja, dão-se por satisfeitos com sua solução confortável e, diante disto, pre-ci-sam defendê-la.

"Um amigo meu" é teimoso e, diante desta explicação, argumentou que a fixação funcional é útil, afinal, se algo conhecido dá conta de solver o problema, para que buscar novas soluções? É claro que não há motivo para tentar várias técnicas diferentes toda vez que precisamos novamente desempenhar determinada atividade. O problema deste atalho cognitivo é que ele pode inibir a busca de soluções mais eficientes ou apropriadas.

Pois bem, o que fazemos então?

Minha sugestão: desconfie de suas certezas e não se contente tão facilmente com as aparentes boas soluções. E, caso a teimosia seja uma armadilha inevitável para você seu amigo, diga a ele para teimar na busca por melhores respostas!

 

 

Por Ananda Figueiredo 24/08/2017 - 18:00

ESTRESSE - palavra cotidiana esta, não?

Vivemos em um momento da história em que estar estressado é normal. Trabalho, estudos, família, supermercado, planejamento da viagem de fim de ano e mais muitíssimas outras atividades resultam em um estado de estresse que, biologicamente e a grosso modo, consiste em um combinado de reações nos sistemas nervoso, hormonal e imunológico. E é esta ação imunológica que, com frequência, resulta em dermatites, como eczemas, coceiras, inflamações cutâneas e, até mesmo, psoríase.

Você se lembra do terremoto de Kobe, no Japão, em 1995? Mais de 6 mil pessoas faleceram e, entre os sobreviventes, mais de um terço da população desenvolveu doenças de pele. A partir daí, muitas pesquisas se dedicaram a estudar a relação entre o estresse e as dermatites e, em todos os casos, concluiram o que muitas pessoas que sofrem com problemas de pele já sabiam: irritação, preocupações e tensão podem piorar os sintomas ou desenvolver novos quadros. Em outras palavras, o corpo precisa lidar com o estresse e tem na pele uma excelente via para canalizar e comunicar seu sofrimento.

No entanto, este processo só ocorre caso faltem estratégias pessoais adequadas para superar o estresse que as eventualidades ou a vida cotidiana provocam (por exemplo, acompanhamento psicoterapêutico, hábito de praticar meditação ou mesmo um espaço entre os afazeres diários para simplesmente se dedicar a atividades prazerosas). Com estratégias saudáveis para contrapor o inevitável estresse, o corpo pode dispensar a somatização na pele. Por isso, lhe pergunto: quais opções de enfrentamento do estresse você têm oferecido ao seu corpo?

Por Ananda Figueiredo 23/08/2017 - 13:00 Atualizado em 24/08/2017 - 13:44

 

Você já deve ter visto alguma pesquisa que apontou as brigas e a traição como causa das crises conjugais. Há dezenas de matérias com estes resultados por aí, não é mesmo?

Insatisfeita com esta informação, uma pesquisa recente realizada no Brasil quis saber as razões por trás das brigas e traições e chegou a um número impressionante: 46% das pessoas que passaram a brigar mais ou traíram o fizeram porque deixaram de se sentir amadas.

Importante notar que não se trata, necessariamente, de ter acabado o amor, mas sim de não se sentir mais amado.

 

Recentemente, tivemos o dia dos pais e percebemos a enxurrada de declarações nas redes sociais. O mesmo acontece no dia dos namorados, das mães, no natal.. Mas por que precisamos de datas para falar do que sentimos se este sentimento está conosco todos os dias?

"Ah, Ananda, mas eu demonstro nas atitudes que amo minha esposa, meu namorado, meu filho..." Que maravilha! Mas não é a toa que desenvolvemos a fala - ela é ainda a forma mais clara de se comunicar. Até porque, será que seu companheiro ou companheira está entendendo os sinais? E será que são estes os sinais que ele/ela considera importantes?

Se você não quer compor esta estatística, prepare-se para um desafio: pense agora em pelo menos duas pessoas que você ama.

Pensou?

Pois bem, seu desafio é: nesta sexta, sábado e domingo, comunique de forma clara o que sente por elas!!!

Seja claro e corajoso, afinal é amor! <3

Por Ananda Figueiredo 22/08/2017 - 08:00 Atualizado em 24/08/2017 - 12:54

"Oi Ananda, tudo bem? Tenho um convite para te fazer..."

Assim nasceu a proposta de ter um blog no 4oito.

"Mas o que é que eu vou escrever? Em que posso contribuir?" foram os pensamentos que me visitaram logo em seguida. Partindo da concepção mais básica de blog - aquele em que se compartilha a vida em tempo real - não me via neste espaço. Mas, logo em seguida, fui apresentada a um universo em que seria possível aproximar a psicologia do cotidiano das pessoas da região, ainda que de modo restrito e, de modo algum, em substituição ao atendimento clínico e à psicoterapia.

Esta é, então, a proposta deste blog: retratar uma psicologia que está nos mais diversos espaços e em todas as relações humanas, sem banalizá-la, mas buscando afastá-la do estigma de "área que cuida de loucos". Apesar de que, na verdade, é isso mesmo que ela faz. Afinal de contas, quem não é um pouco louco, não é mesmo? =)

Aos loucos e loucas da região: sejam muito bem vindos aos diálogos sobre psicologia e às loucuras que só Freud explica - e eu, na minha insignificância, vou tentar traduzir aqui!

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