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A gentileza da migração com um idoso simplório na chegada a Portugal

Por Aderbal Machado 21/01/2023 - 09:00 Atualizado em 21/01/2023 - 09:11

Pois a gente vai buscando na memória alguns momentos marcantes e vai digressando sobre eles.

Continuo sobre Portugal. A insistência tem um pouco de deslumbramento justificado por ter sido a primeira e única viagem internacional que fizemos.

Felizmente tendo como destino um país fascinante sob vários aspectos: pelo que é e pelo que representa, historicamente, na formação da Nação Brasileira, consideradas todas as formas de interpretação.

Chegando lá, após um voo por demais longo (preso dentro de uma avião me dá uma sensação de impotência física, impressionável que sou em certas circunstâncias).

Ao chegar, fiquei matutando sobre as eventuais dificuldades com a migração. Diziam-se ser uma dureza os questionários do pessoal sobre as finalidades da chegada da gente no país. Ledo engano. Depois de encarar uma fila enorme, porém célere, chegamos ao guichê, apresentamos o passaporte e a pergunta clássica veio: “Qual a finalidade da viagem?”.

Resposta: “Assistir ao nascimento de nossa neta”.

“Onde a família reside?”

Resposta: São João de Rana (o funcionário me corrigir: “São Domingos de Rana”. Correto. Ele riu do meu erro.

E carimbou o passaporte. Perguntei, finalmente: 

Perguntei, curioso: “O senhor não quer a comprovação (tínhamos a declaração da filha, do genro e do neto, estabelecendo a veracidade documental)?”

E o funcionário: “Não, a sua palavra basta”. 

Acho que foi com a minha cara ou então imaginou: “Um negrão idoso não iria mentir numa coisa tão banal”. Fiquei feliz.

E aí começou a saga esplêndida dos dias a seguir. Contei detalhes noutras crônicas.

Mas houve coisas iniciais impressionantes, já “de cara”: a imensidão do aeroporto de Lisboa, a paisagem ao longo do caminho, a impressionante organização ambiental, a maravilhosa e vistosa sucessão de residências cercadas de árvores, muita vegetação. E a tranquilidade do tráfego. Sabendo-se que, lá, a velocidade é 70 km/h nessas rodovias de longo curso. Cheio de radares por todo canto. E ninguém chia que nem aqui. Apenas cumprem.

E chegamos a São Domingos de Rana. A filha, genro e netos não moram mais lá. Ficaram mais chiques e se mudaram para Carcavelos, uma belíssima praia. Mas

São Domingos de Rana me deixou uma excepcional impressão de como uma vida pode e deve ser bem vivida e como uma comunidade deve e precisa se comportar em relação a qualquer quesito que se queira.

Foto: Divulgação

 

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