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Vacinação de Covid em adultos

Por Dr. Renato Matos Edição 28/01/2022
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Vacinação não é coisa de crianças.

E a vacinação em adultos não se resume a coronavírus e gripe. 

Diversas doenças podem ser prevenidas ou atenuadas em adultos com o seu uso.

A recomendação de vacinas para adultos e idosos deve ser individualizada, de acordo com o histórico pessoal e doses recebidas anteriormente.
Segundo o calendário de Vacinação 2021-2022 da Sociedade Brasileira de Imunizações, entre os 20 e 60 anos, devem ser feitas de rotina as vacinas tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), hepatite A e B, dTpa (difteria, tétano e coqueluche), varicela, HPV, febre amarela e influenza.

Acima dos 60 anos, a vacina contra o Herpes Zoster deve ser feita em dose única.
Outras vacinas são recomendadas em situações específicas.
Existem guias para pacientes oncológicos, diabéticos, transplantados, pneumopatas crônicos, HIV/AIDS e até para atletas profissionais.

Uma dúvida frequente é sobre a indicação de vacinas contra pneumonia.
Na realidade, essa vacina não existe. 

Existem diversos agentes que provocam pneumonias, entre vírus, bactérias e outros.
O que está disponível é a vacina contra o pneumococo (Streptococcus pneumoniae), o agente que mais frequentemente causa as pneumonias bacterianas adquiridas na comunidade.

Não só pneumonias – o pneumococo também causa otite, meningite e sinusite, além de uma forma invasiva, quando a bactéria invade a corrente sanguínea (bacteremia).
Entre adultos a partir dos 50 anos e, principalmente, a partir dos 60 anos de idade, a pneumonia pneumocócica é uma das principais causas de internação e morte.

O pneumococo apresenta mais de 90 sorotipos, baseados nos diferentes componentes presentes em sua parede celular.
Uma vacina única não conseguiria conter um número tão grande de variantes. 

As vacinas disponíveis selecionam aqueles sorotipos que mais comumente causam doenças.

Existem, assim, 2 tipos de vacinas contra o pneumococo: a vacina polissacarídica (Pneumo 23) e a vacina conjugada (Prevenar 13), cada qual contendo uma mistura de diferentes sorotipos.

A imunização contra o pneumococo com a vacina polissacarídica (Pneumo23) só está indicada em indivíduos abaixo de 65 anos (60 na diretriz nacional) quando existirem comorbidades.
A vacina conjugada (Prevenar 13) habitualmente não é indicada para esses pacientes.

A associação das 2 vacinas justifica-se quando existe imunodepressão, como naqueles com HIV/AIDS, transplantados, portadores de neoplasias, doenças renais crônicas ou em uso de drogas que reduzam a resposta imunológica normal do organismo.

O Comitê que assessora o CDC (Centro para Controle e Prevenção de Doenças dos EUA) rescindiu suas recomendações prévias para vacinar todos os adultos com 65 anos ou mais com a Pneumo 23 e a Prevenar 13.

Agora, a recomendação é exclusiva para a vacina polissacarídica (Pneumo 23).

A decisão de associá-la, ou não, à vacina conjugada deve ser tomada a nível individual.
Confuso?
Converse com seu clínico.

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