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Minha aposta com o Gordo

Por Adelor Lessa Edição 04/03/2022

Mal terminei a entrevista com Luciano Hang na Rádio Som Maior, nesta semana, Walmir Rampinelli mandou mensagem no meu celular:
“Eu aposto que não vai para nenhum partido. Já se apresentou como pai de 22 mil colaboradores, penso que vai seguir neste caminho”.

Eu aceitei o chamado. Topei a aposta. Primeiro, porque sempre fui chegado numa aposta. Para tudo.
Depois, porque estava convencido que Luciano será candidato ao Senado. 
“Vamos apostar um vinho, que vamos tomar num jantar feito pelo Edio Castanhel (amigo comum)”.

Ele aceitou, martelo batido, aposta valendo.

Os indicativos não são favoráveis para mim.
Walmir Rampinelli, o Gordo, empresário bem sucedido, um case de sucesso na sua área, hoje presidente da Coopera, a Cooperativa de Forquilhinha, e da Fecoerusc, a Federação das Cooperativas do Estado, é bem informado, transita em ambientes com influentes e formadores de opinião.

Mas eu fui pela aposta, e também porque penso que os movimentos de Luciano apontam para uma investida no processo eleitoral.

Ele tem origem humilde, mas construiu um império.
Não tem ainda 60 anos e é um um dos maiores empresários do pais no seu segmento.
Além disso, virou uma personalidade nacional.
Não tem canto deste país onde o “Véio da Havan” não seja conhecido.

Eu o conheci em 2017.
Decisão do Campeonato Catarinense, em Chapecó.
Havan patrocinadora do campeonato.
No camarote, fomos apresentados pelo presidente da Federação, Rubinho Angelotti.

Saí com uma entrevista agendada para a Som Maior.
Liguei no dia seguinte, 7h30, horário combinado.
Depois da segunda chamada, ele mesmo atendeu, e fiz uma entrevista muito agradável.

Luciano tem história para contar e gosta de falar.

Em seguida, ele passou a ser mais ativo no processo politico.

No ano seguinte, foi criada a expectativa sobre a possibilidade de ele disputar eleição para governador.
Eu falei com ele duas ou três vezes, e fiquei convencido que era fato. Ele iria encarar.
Escrevi isso.

Dias depois, numa coletiva de imprensa, Luciano anunciou que seria um “ativista político”.
Sem projeto de candidatura.

Com a candidatura de Bolsonaro, e a onda que fez em torno dele, Luciano mergulhou de vez na politica.
Assumiu Bolsonaro desde o início, assumiu um discurso anti PT e contra a esquerda, e passou à condição de protagonista.

Polêmico, teve embates que repercutiram, e processos judiciais importantes. Mas só cresceu.
Até virar “celebridade”.

Longe de ser consenso, divide opiniões, mas sempre observado.
Nas redes sociais, é craque.
Criativo e multifacetado.

No fim de semana passado, por exemplo, publicou um vídeo pedalando numa bicicleta que tinha um carrinho de picolé acoplado, pela beira da praia, com megafone em punho.
Com camiseta que fazia menção ao feriado (“feriadou"), distribuiu picolé para todos.

Minutos depois, publicou outro video, onde aparece com a mão no queixo, e um cavalo andando atrás, encilhado, pra lá e pra cá, com um adesivo escrito “2022”.

Ao final, anunciava para depois do Carnaval uma decisão importante.

Chegamos ao ponto.
Na entrevista desta semana, ele repetiu as suas teses politicas, com um discurso forte e bem montado.
Alem disso, fez a defesa enfática da participação do empresário no processo eleitoral. 
Detonou a tese que vem de tempos atrás, e que é sustentada por muitos empresários (provavelmente a ampla maioria): “política é para os políticos, empresário tem que cuidar da sua empresa”.

Entendi que ele deu sinais evidentes que será candidato ao Senado, descartou candidatura a governador, e só vai fazer “parceria" com o presidente Bolsonaro.

Por isso, inclusive, porque ele só quer se vincular à Bolsonaro, calculei que ele se filiaria no mesmo partido, o PL.

Mas como ele é marqueteiro de mão cheia, praticamente mudei de ideia e arrisquei que se filiaria no Republicanos quando marcou a coletiva para o dia 10, 10h. 
10 é o numero do Republicanos.

Só que no outro dia, sua assessoria disparou nota informando que ele não faria mais a coletiva no dia 10.

Enfim, vai ou não vai?
E se vai, por onde vai?

Será que ele vai repetir 2018, quando fez que foi, e não foi?

Por acaso, já tenho que providenciar o vinho pro Gordo?

Vou esperar.
E se o Gordo quiser, dobro a aposta.
Estou convencido que o Luciano desta vez vai.
E se for, a tendência, por todas as pesquisas de hoje, é que o Congresso tenha um senador de terno verde amarelo, e com sua careca reluzente, a partir de 2023.

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