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Um mês à sombra do vandalismo

Parque dos Imigrantes completa 30 dias e vem sendo atacado por vândalos
Por Bruna Borges Criciúma, SC, 06/02/2019 - 08:55
Fotos: Daniel Búrigo / A Tribuna
Fotos: Daniel Búrigo / A Tribuna

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No último aniversário de Criciúma, comemorado em 6 de janeiro, a população ganhou um presente, o Parque dos Imigrantes, localizado no Distrito de Rio Maina. São 61 mil metros quadrados de espaços de lazer, mas que não estão sendo bem cuidados por todos os frequentadores.

No início, o problema eram os delitos realizados dentro da estrutura, mas agora a situação negativa registrada é outra. “A Polícia Militar tem feito um trabalho excelente, inibindo o roubo, o tráfico de drogas, a prostituição, a bebedeira. Os menores estavam roubando, vendendo drogas aqui dentro, mas a polícia veio e está inibindo esse tipo de coisa, não está mais acontecendo. Mas, como a polícia está inibindo esse tipo de coisa, eles (jovens) estão se vingando no bem público, quebrando o bem público para se vingar”, conta o administrador do parque, Valdecir de Souza.

Valdecir de Souza é o administrador do parque

O vandalismo tem tomado conta do espaço e se tornou uma nova dor de cabeça para a Administração Municipal de Criciúma, responsável pelo local. “Arrancaram a proteção do palco, quebraram a porteira do labirinto verde, nos banheiros eles entupiram os vasos sanitários com lata de cerveja, papel higiênico, quebraram os brinquedos infantis, colocam fogo em lixeiras, quebram vidros”, enumera Souza.

Labirinto verde fechado

Uma das atrações diferenciadas do parque é o labirinto verde, mas ele também tem sido alvo dos vândalos. “No labirinto entrava uma pessoa com celular, eles entravam atrás e tomavam o celular da pessoa e saíam correndo, pulavam por cima. Resolvemos, então, fechar à noite, não deixar mais aberto. Era para ser uma atração bacana, mas arrancaram os arames e as plantas que tinham aqui, entravam de moto e bicicleta aqui dentro”, relata.

Parte do problema acontece, inclusive, durante o dia, em especial nos momentos em que o espaço está mais movimentado, com a presença de famílias que nesses dias quentes de verão aproveitam as opções de lazer até o fechamento do parque, às 23h.

“O nosso maior problema no Parque dos Imigrantes acontece das 16h até as 22h, no horário que mais tem gente dentro do parque, principalmente sexta, sábado, domingo e feriado”, afirma Souza.

“Depois que fecha o parque, não tem mais problema, porque tem a segurança armada, depois das 23h não tem mais perigo. O perigo é no horário de fluxo de pessoas, eles aproveitam e se misturam com o cidadão de bem e começam a fazer vandalismo”, complementa.

Os pequenos utilizando os brinquedos

Ainda sem ponte

Além das entradas principais, foi construída no Parque dos Imigrantes uma ponte pênsil, ligando o espaço à comunidade que mora atrás do local. Essa ponte, no entanto, rompeu-se no dia da inauguração e foi interditada pela Defesa Civil para que fizessem obras de recuperação e também para a colocação de placas de indicação de número máximo de pessoas que podem estar na estrutura ao mesmo tempo.

Vidros também são quebrados pelos baderneiros

As obras já começaram, só que a passagem deve seguir fechada. A motivação é, mais uma vez, o não respeito às regras por parte de alguns usuários. “Estamos refazendo (a ponte), mas até pedi para deixar assim fechado, porque é complicado. Eles passam de moto em cima, de bicicleta, sobem em 15, 20 pessoas e pulam até arrebentar tudo, é muito difícil”, declara Souza.  

Soluções são buscadas

Segundo informações dos próprios órgãos de segurança, a quantidade de crimes e delitos que aconteciam no Parque dos Imigrantes nos dias após a sua inauguração diminuiu. Porém, o vandalismo segue sendo um problema no espaço recém-entregue ao público. O tema já foi tratado em reunião na Prefeitura.

“A gente sentou com o prefeito e com o presidente da Fundação Municipal de Esportes, o Nícola, que é o responsável agora, para tentar achar uma solução. Talvez instalar algumas câmeras, aumentar a segurança durante o dia. O prefeito está vendo o que pode ser feito. A solução seria a terceirização do parque, uma empresa de segurança particular. A Prefeitura não tem mais o que fazer, o nosso efetivo é pequeno”, conta o administrador.

Longe dos vândalos, crianças praticam esportes

Atualmente, três pessoas trabalham diariamente para manter o parque em ordem e contam com o auxílio de profissionais da Diretoria de Trânsito e Transportes (DTT) e de outros setores. “A gente pede para a população se conscientizar, denunciar quando vê alguma coisa. Nós temos guarda para ajudar, mas é muita gente frequentando, às vezes três, quatro mil pessoas à noite”, observa Souza.

“Eu fico revoltado quando chego aqui e vejo as coisas destruídas. Um lugar desses, tão bacana, que antes não tinha nada, era tudo pirita, foi investido um monte de dinheiro, ficou bonito, cheio de famílias, crianças brincando, aí vem uns infelizes desses destruir. Esse grupo não vem para jogar um futebol, não vem para curtir, só vem para incomodar mesmo”, desabafa o administrador. 

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