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Torcidas têm 15 dias para deixar suas sedes

Ministério Público de Santa Catarina indicou que organizadas do Criciúma deixem suas salas anexas ao Estádio Heriberto Hülse
Por Lucas Renan Domingos Criciúma, SC, 16/11/2018 - 21:00 Atualizado em 16/11/2018 - 21:07
Polícia Militar também recomendou a troca de setor da torcida Os Tigres na arquibancada/Foto: Daniel Burigo/Arquivo/A Tribuna
Polícia Militar também recomendou a troca de setor da torcida Os Tigres na arquibancada/Foto: Daniel Burigo/Arquivo/A Tribuna

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As torcidas Guerrilha Jovem e Os Tigres, do Criciúma, terão que abandonar os espaços utilizados por elas no Estádio Heriberto Hülse. É que uma recomendação do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), por meio da 7ª Promotoria de Justiça da Comarca de Criciúma, efetuada pela promotora de Justiça Caroline Cristine Eller, solicitou retirada das sedes das organizadas do interior do Mejestoso. O que foi acatado pelo clube pensando na segurança durante os dias de jogos. O prazo para que a ação seja realizada é de 15 dias.

Conforme a advogada do Criciúma, Samira Zambrano, a decisão não é de exclusividade das torcidas carvoeiras. Esse tipo de recomendação está acontecendo com todos os outros times do Brasil. “Em Santa Catarina, nós éramos a única equipe que ainda não havia tomado essa decisão”, comentou. “Mas as torcidas já estavam cientes que isso poderia acontecer e tivemos uma reunião para debater o assunto. Eles entenderam e a Guerrilha, por exemplo, já está até vendo um local novo”, afirmou.

Torcidas falam sobre o assunto

O presidente da Guerrilha Jovem, Cleiton Ramos, aponta que a atual sala utilizada pelo grupo de torcedores não se tratava de uma sede. “A gente utilizava o local apenas para guardar nossos instrumentos e facilitar para pegar em dias de jogos. Só que como veio essa recomendação, nós vamos nos adequar a ela. Vamos tirar os materiais dali e ver o que iremos fazer.

Já a torcida Os Tigres, ainda contesta a decisão. De acordo com o membro da diretoria da torcida, Luiz Henrique Cardoso, uma nova conversa com o clube está prevista com representantes do Criciúma na semana que vem para alinhar melhor a decisão do clube.

“Para a gente ficaria muito inviável. Temos muitos trapos e instrumentos e para guardar tudo, teria que alugar um caminhão ou uma nova sala para deixar tudo isso. Algumas torcidas pelo Brasil continuam com suas sedes anexas ao estádio. Ainda não tem nada muito concreto se vamos sair ou não, vamos ver na próxima reunião”, apontou Cardoso.

Mais problemas para a Os Tigres

Mas não é só a saída da sede que envolve a torcida que Os Tigres. Na vistoria anual realizada pelo 9º Batalhão da Polícia Militar de Criciúma (9ºBPM), também foi recomendado que o setor onde a organizada costuma se reunir na arquibancada nos jogos do Tigre também seja alterada.

“Não tem como mudar. Do outro lado da arquibancada já tem a Guerrilha e nós sempre ficamos ali”, acrescentou o Cardoso. Só que tanto o clube quanto a torcida já estão tentando prever novas alternativas para evitar que isso aconteça. “Vamos elaborar um projeto para melhorar a segurança naquele setor. O problema ali é a proximidade com a torcida adversária. Algumas saídas é a ampliação das grades de proteção ou até mesmo deixar um espaço maior entre as divisões das torcidas”, explicou Samira.

Outras medidas de segurança

Além da retirada das organizadas das dependências da Estádio Heribero Hülse, outras três recomendações foram feitas pelo MPSC ao Criciúma. A primeira é se abster de fornecer para as torcidas organizadas, ainda que cadastradas no clube, qualquer local nas dependências do do Majestoso para encontros (como concentrações feitas no estacionamento do estádio antes das partidas, por exemplo) ou guarda de materiais. Também que providencie vigilância nos pontos de acesso restrito do estádio nos dias de jogos e, por fim, que providencie, no prazo de 60 dias, a colocação de barreiras físicas entre o pátio do clube e o estacionamento.

“Neste último caso a indicação é a implantação de uma espécie de barreira entre o estacionamento da entrada onde fica o bandeirão do Criciúma e a entrada de número um para as arquibancadas. Então não será mais permitida a entrada de torcedor a pé por aquele lado, somente aqueles que têm vaga de estacionamento ali, deixando seus carros e saindo por um portão menor onde terá um segurança, evitando a reunião de torcedores no local”, completou a advogada do Criciúma.

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