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Tiago Stangherlin passou por diversos perrengues antes da Construtora BS

Empresário foi o entrevistado do Nome & Marcas deste fim de semana
Por Émerson Justo Criciúma, SC, 29/01/2019 - 13:04

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Batalhando desde cedo, Tiago Stangherlin já trabalhou em diversas profissionais antes de se tornar sócio-proprietário da Construtora BS. O empresário criciumense de 35 anos começou em serviços informais, trabalhou em confecções de roupas, já foi entregador de pizzas e jornais e fez sucesso como promoter, até falir. Tendo que recomeçar, chegou a vender giz de barata como ambulante. Essas e outra histórias foram contadas no Nomes & Marcas deste fim de semana.

“Meu pai sempre foi uma pessoa de trabalhar, minha mãe sempre me incentivou, então, eu comecei desde novo já catando latinha e capinando quintal. Com 12 anos eu já ganhava um valor por mês e com 14 anos já trabalhava em empresas”, relembrou Stangherlin, que contou que aos 14 anos já trabalhava fichado em uma fábrica de roupas.

Mas se era um bom exemplo trabalhando, não foi tanto assim estudando. O empresário conta que foi expulso nove vezes das escolas. “Era muito estudioso, nunca rodei, sempre tive facilidade em aprender, mas no intervalo era muito bagunceiro, aprontava, mas sempre besteiras, nada de mais. Mas eu digo que depois da quinta expulsão, o resto foi por fama, o pessoal acabava descobrindo que eu era danado e me mandava embora”, brincou.

Stangherlin lembra que trabalhou em diversas confecções de roupas, ajudando em cortes, carregando rolos de tecidos e como office boy, até que resolveu entrar para a faculdade de Fisioterapia, então, teve que sair devido aos estudos serem durante o dia inteiro. Porém, como não tinha muitas condições de pagar a mensalidade, precisava trabalhar nos intervalos das aulas.

“Eu pesquisei o que dava para fazer, aí era ser garçom ou entregador. Como eu já tinha uma motinho na época, eu comecei a entregar pizza. Nos intervalos das entregas era quando eu estudava. De madrugada acordava umas 5h para entregar jornal e depois ia para a faculdade de manhã, ao meio-dia saía da faculdade 11h30 e lavava copos e tal, e fins de semana também. Eu tinha que estar me virando direto. Nunca rodei, mas acabei não conseguindo concluir a fisioterapia”, lamentou. Ele ainda lembra que nas férias trabalhava como taxista ou com voluntariado em hospitais.

“Desde a primeira fase eu coloquei na cabeça que eu queria estar dentro dos hospitais para aprender, aí toda oportunidade que tinha para trabalhar como voluntário eu ía. Fui para Araranguá muitas vezes”, contou. O empresário disse que até hoje atua em serviços voluntários. Ele é diretor e conselheiro da Associação Beneficente Nossa Casa.

Promoter

Stangherlin disse que durante a faculdade sempre teve vontade de ir nas festas, mas não conseguia por trabalhar nos horários vagos. Até que um dia seu chefe ofereceu folgas nas quintas-feiras, data que era realizado os eventos. “Claro que eu quis. Quando peguei minha primeira folga, que iria ter a primeira festa do ano na faculdade, essa festa por algum motivo não iria sair mais, então acabei puxando a festa para mim fazer. Organizei a festa de segunda para quinta e na época foi a maior festa de todas”, afirmou.

Segundo o empresário, o evento que geralmente tinha a presença de 200 pessoas, neste dia recebeu aproximadamente 700. Com o sucesso e a insistência dos colegas, virou promoter. “Foi aí que comecei a fazer algumas festas e comecei a ganhar dinheiro. Parei de entregar pizzas e fazer as coisas todas e me foquei somente nos eventos”, relatou.

Recomeço

O empresário conta que chegou a ter uma boate com dezenas de funcionários, mas por falta de organização e desentendimento com sócios acabou quebrando e passando dificuldades. Nesta época, com 20 anos, ele já era casado e sua filha tinha recém nascida. “Eu não tinha nem o que dar para ela comer. Então, foi onde eu tive que recomeçar”, emocionou-se.

Stangherlin relembra que voltou a ser servente de pedreiro e capinar quintal, mas por conta de ser uma renda muito baixa, teve que procurar outro negócio mais lucrativo. “Eu lembrei de uma história de um tio meu que foi para Minas Gerais e ganhou dinheiro vendendo um tal de giz de barata, é um giz inseticida. Então, eu comprei tipo 20 mil unidades, coloquei na mochila e disse só volto a hora que vender tudo isso aqui”, falou.

O empresário tentou vender de diversas formas e em vários locais, mas não conseguiu vender tudo. Porém, voltou para casa com dinheiro suficiente para fazer um rancho à família e pagar as contas. “Depois disso eu acabei querendo me fixar, porque ser ambulante é muito perigoso, rolava muitos assaltos”, afirmou.

Com isso, Stangherlin passou a participar de seleções e foi chamado para trabalhar no marketing da Ambev. Ficou no local por mais de um ano. “Foi onde peguei muita bagagem de processos e métodos de gestão. Peguei muita experiência com donos de supermercados e conheci muitos donos de restaurantes”, relatou.

Depois disso, o empresário foi para uma empresa de refrigeração, onde apesar de ter ganhado bastante dinheiro, acabou saindo por ter ambições maiores e o local não ter capacidade de venda. Por ver o setor imobiliário em ascensão, trocou de mercado. “Nos primeiros seis meses eu já comecei a vender R$ 1 milhão, teve uma época que eu vendi sozinho mais que a imobiliária inteira”, ressaltou.

Parceria que deu certo

Stangherlin conta que almoçava todo o dia com o dono de restaurante Alcides Brunel e falava para ele sobre os negócios imobiliários. O proprietário se interessou no ramo e propôs uma sociedade. Foi aí que nasceu a Construtora BS (Brunel e Stangherlin).

“Hoje a gente está com 25 mil metros em andamento, são em torno de 350 unidades só em Criciúma. Desde o primeiro ano em planejei e comecei a aumentar este planejamento porque eu via que batia a meta muito antes. Então, comecei a sempre ousar um pouco mais, claro que com o pé no chão, porque tem que crescer com segurança. Mas no setor da construção civil é muito fácil crescer”, declarou.

O empresário afirma que admira os brasileiros por serem um povo empreendedor, mas salienta que precisa estudar para empreender. Ele diz que, segundo sua visão, tem duas maneiras de empreender no Brasil. “Ou tu estuda e adquire conhecimento e começa a colocar peças chaves dentro do seu negócio ou tem que ter pessoas ao seu redor muito inteligentes e bem selecionadas para estar te dando este suporte”, ressaltou.

Ouça o programa Nomes & Marcas completo com Tiago Stangherlin:

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