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Taxa de desemprego em SC vai a 3,8%

Índice aumentou em relação ao fim de 2023, mas tendência é estabilidade

Por Renan Medeiros 17/05/2024 - 14:54 Atualizado em 17/05/2024 - 14:56
Foto: Ricardo Wolffenbuttel/Secom
Foto: Ricardo Wolffenbuttel/Secom

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A taxa de desemprego em Santa Catarina subiu de 3,2% no último trimestre de 2023 para 3,8% nos três primeiros meses deste ano. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD-C), divulgada nesta sexta-feira (17) pelo IBGE. 

Com esse aumento de um trimestre para o outro, Santa Catarina deixou de ter a menor taxa de desemprego do Brasil, caindo para o terceiro lugar. Rondônia e Mato Grosso, ambos com 3,7%, assumiram a liderança nesse aspecto.

Estabilidade ao longo do ano

Essa oscilação, no entanto, não chega a ser um problema por si só. Desde o início da série histórica, a taxa de desocupação catarinense sempre subiu no primeiro trimestre do ano. No começo de 2023, o indicador também estava em 3,8%. Na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, nenhum estado teve aumento significativo na taxa de desemprego.

“Isso mostra que, na comparação de curto prazo, há influência dos padrões sazonais. Mas a trajetória de queda anual (no Brasil), que já vem sendo observada em outros trimestres, se manteve”, analisa Adriana Beringuy, Coordenadora de Pesquisas por Amostras de Domicílios do IBGE. “O crescimento da taxa de desocupação do primeiro trimestre de 2024 na comparação trimestral não invalidou a maioria dos indicadores do mercado do trabalho na comparação anual”, complementa a pesquisadora.

Na comparação com o começo de 2023, o número de catarinenses ocupados no mercado de trabalho subiu de 3,888 milhões para 4,044 milhões, um incremento de 156 mil pessoas, com destaque para o setor de serviços. Já a quantidade de desempregados passou de 155 mil para 161 mil.

Formalidade e rendimento

Santa Catarina tem a maior taxa de formalidade no mercado de trabalho no Brasil. Entre os trabalhadores que estão empregados, 72,6% têm carteira assinada ou alguma outra modalidade de formalização.

O rendimento médio habitual dos catarinenses ocupados ficou em R$ 3.421 por mês, um incremento de 2,86% em relação ao primeiro trimestre do ano passado, já descontando o efeito da inflação. É o quinto maior rendimento do Brasil. A renda em Santa Catarina, porém, é a que tem a melhor distribuição em todo o país.

Somados os rendimentos de todos os catarinenses, o total chega a R$ 13,7 bilhões, o sexto maior do país, uma alta de 7,2% em um ano em termos reais (acima da inflação).

Aumento no número de desalentados em SC

Nessa pesquisa, só é considerado desempregado quem efetivamente buscou trabalho e não conseguiu. As pessoas que não procuraram emprego não entram na estatística. As que procuraram emprego e desistiram são consideradas “desalentadas”. Há 20 mil catarinenses nessa condição, um aumento significativo em relação aos 13 mil que haviam no primeiro trimestre de 2023.

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