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SC em Pauta: o andamento da CPI e as ações dos prefeitos

Jornalistas debatem a sessão de acareação e como a gestão municipal vem lidando com a pandemia
Por Paulo Monteiro Criciúma - SC , 12/06/2020 - 14:38 Atualizado em 12/06/2020 - 14:40
Foto: divulgação
Foto: divulgação

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Ocorreu nesta semana a acareação dos ex-secretários do Governo do Estado, Helton Zeferino e Douglas Borba, e da servidora afastada Márcia Pauli, na CPI dos Respiradores - que investiga a compra de 200 respiradores pelo valor superfaturado de R$ 33 milhões. Julgada como truncada por alguns e assertiva por outros, a acareação aponta para um processo de finalização das investigações da CPI. O andamento desse processo, assim como o comportamento dos prefeitos frente à pandemia de Covid-19, foram debatidos no SC em Debate desta sexta-feira, 12, com os jornalistas Adelor Lessa, Ananias Cipriano, Marcelo Lula e Maria Helena Pereira. 

Adelor acredita que a acareação desta semana cumpriu o seu papel: não foi mais e nem menos, mas fez aquilo que todos já imaginavam que iria fazer. “O papel da acareação na CPI é escancarar as contradições, e isso ficou muito evidente, de quem está com pé preso e quem não está. Ela ofereceu subsídio para os representantes da CPI encaminharem a parte final dos procedimentos”, colocou.

Os jornalistas concordam que ficou bastante clara durante a sessão às contradições impostas pelos próprios investigados, no debate realizado entre eles mesmos. Helton Zeferino, ex-secretário da saúde, segue batendo na tecla da nota de confirmação da compra dos respiradores assinada por Márcia Pauli. A ex-servidora continua apontando para a ciência da Secretaria de Saúde de todas as compras. E Douglas Borba, ex-secretário da Casa Civil, continua dizendo que não conhecia o empresário Fábio Guasti, ligado à Veigamed.

“O Douglas em todo o momento se disse vítima de uma injustiça, que entendia que o processo não foi feito com más intenções, mas sim que foi errado e mal feito. Diferente do que a Márcia e o Helton afirmam. Helton foi enfático quando afirmou em fraude. Os deputados os perguntavam sobre isso e ele ratificou a palavra fraude. E sendo tido como fraude, houve intenção de cometer o crime”, declarou Ananias. 

Para Lula, o que intriga é a condição posta de que um ordenador primário da Secretaria da Saúde, Helton, não terem noção de um pagamento que entra na casa dos milhões em uma situação de emergência. “Como que R$ 33 milhões são pagos e o secretário não sabe? Não passa nem pela mesa dele e ele nem questiona?”, disse Lula.

A colocação de Márcia de que a compra foi realizada conforme o rito de compras do governo estadual também preocupa os jornalistas, que questionam a eficiência dos processos de compra do Estado. “Tudo bem, nesse não há processo de licitação porque a compra é em uma questão de emergência, mas o rito de ordenação de despesa permanece o mesmo. Isso não ta dando para entender, o fato da Márcia ter assinado ou não me parece muito automático o processo”, declarou Maria Helena. 

A CPI não tem o poder de condenar de fato o investigado, mas sim de encaminhar as investigações para uma decisão do Ministério Público. Os jornalistas acreditam que, com a acareação já feita. a CPI se encaminha para sua finalização. “Ela fecha seu relatório, põe para votação e é encaminhado ao MP”, disse Lula.

Atitudes dos prefeitos 

A decisão de flexibilizações e retorno de atividades, como os ônibus por exemplo, acabou caindo no colo dos prefeitos. Estes, tomaram suas decisões conforme a realidade de suas regiões, e possuem o apoio e as críticas por parte da população em meio a pandemia de Covid-19.

“Hoje, Florianópolis está pondo exames em todo mundo que trabalha na área dos transportes para o retorno. Há uma apreensão, um temor, as pessoas têm medo e amor a  vida. O prefeito Gean Loureiro foi bem claro: se a curva de contágio for aumentando, eu paro com o transporte novamente”, disse Maria Helena sobre Florianópolis, reforçando o bom olhar da população sob a gestão de Loureiro frente à pandemia. 

“A estrutura do poder público foi muito bem feita, preventivamente, logo de cara, e depois foi administrando - e vem fazendo isso muito bem”,ressaltou Adelor, sobre as ações da gestão municipal de Criciúma.

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