O secretário de Saúde do Estado, André Motta, confirmou em entrevista à rede NSC de Televisão a chegada de mais 120 respiradores mecânicos nesta segunda-feira, 15, a Santa Catarina. As unidades serão destinadas a leitos de UTI no combate à Covid-19. 

Motta não detalhou para onde os equipamentos serão mandados. Os respiradores foram adquiridos junto à empresa de Jaraguá do Sul, Weg. A entrega é referente aos 500 respiradores comprados pelo Estado, dos quais 138 já foram distribuídos. 

O secretário também falou sobre as regiões mais afetadas pelo coronavírus no Estado. "Olhamos para o Sul do Estado, que apesar de ter uma velocidade de contaminação menor, é uma região que tem um quantitativo bastante grande de contaminados", disse André.

De acordo com André, há apreensão sobre a adesão do isolamento social no Estado. "Tivemos um isolamento mais cedo e a gente percebe que os estados que não fizeram isso tiveram que retroceder nas liberações. Estamos regionalizando porque algumas regiões podem ser flexibilizadas, outras não", ponderou o secretário.

"Santa Catarina é referência nacional no combate à Covid-19. Infelizmente, talvez por consequência, trouxe uma falsa sensação de segurança para as pessoas. A responsabilidade para o sucesso desse enfrentamento é de todos. Temos um dos menores índices de distanciamento social do Brasil", lamentou André. "Ninguém tá dizendo para as pessoas que elas podem ir na praia sem máscaras, pelo contrário". 

André falou sobre os leitos de Sus no Estado. "Estamos em um momento de aceleração do vírus. Tínhamos previsão de instalar 1,5 mil leitos de UTI no Estado e permanece. Estamos buscando o padrão ouro na distribuição de leitos, que seria de 3 leitos por 10 mil habitantes", explicou o secretário. Uma das regiões que deve receber os novos respiradores é a do Vale do Itajaí.

"Estamos a cada momento definido. A gente escolhe as remessas para as regiões mais afetadas. Desde o início do Coes, mapeamos 49 hospitais para aumento de recursos e vamos distribuir conforme necessidade, a região que precisa mais recebe primeiro', concluiu Motta.