Um grupo de professores que trabalha no regime de Admissão em Caráter Temporário (ACT) nas escolas estaduais da região manifestou, ontem, o seu descontentamento em relação ao edital de contratação dos educadores para o biênio 2019/2020. O ato foi realizado no fim da tarde, na sede da Gerência Regional de Educação (Gered), em Criciúma.

Segundo a representante na região do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte), Kelly Pacheco, os professores reclamam, principalmente, do pouco tempo que foi disponibilizado para as inscrições na prova que irá avaliar os candidatos às vagas. 

“O Governo do Estado deu só 11 dias para os professores se inscreverem. O prazo já acaba amanhã, mas os professores só recebem o salário na sexta-feira, e a inscrição não é barata, custa R$ 70”, pontua Kelly.

“Além disso, a banca que organiza a prova é do Paraná e é preciso enviar documentos pelo Sedex. Então, tem o valor da inscrição e mais o valor do Sedex que tem que enviar. O professor já recebe uma ninharia e dessa forma fica inviável, está bem complicado”, declara a representante do Sinte. 

Reivindicações levantadas

Após a manifestação na sede da Gered, os professores definiram uma pauta de encaminhamentos que serão enviadas na tentativa de alterar o edital de inscrição para a prova de ACT. “Nós vamos pedir a prorrogação do edital”, afirma Kelly.

Os educadores também relatam que o sistema online disponibilizado para que os candidatos se inscrevam é instável e está prejudicando a conclusão do processo. “O sistema é muito ruim, cai o tempo inteiro. Alguns professores estão desesperados porque não conseguem fazer a inscrição”, comenta.

Sem resposta

Os manifestantes foram até a Gered com a intenção de conversar com a gerente de Educação, Jucilene Fernandes, sobre o assunto, mas alegam que não foram atendidos pela gestora. “A gerente de Educação não nos atendeu. Ela disse que tinha um compromisso e saiu sem falar com a gente”, declara Kelly.

“E nós já estamos tentando entrar em contato com ela também sobre outros assuntos há praticamente um mês, encaminhamos ofício pedindo um horário para falarmos com ela, mas não tivemos retorno”, complementa.

A reportagem do A Tribuna entrou em contato com Jucilene Fernandes, mas não conseguiu falar com a gerente.