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Prevendo escassez de argila, comitiva busca alternativas no Peru

Representantes do setor cerâmico visitaram uma feira no Chile para melhorar a eficiência dos ceramistas da região
Por Giovana Bordignon Lima, Peru, 22/04/2022 - 08:13 Atualizado em 22/05/2022 - 11:11
Foto: Divulgação / 4oito
Foto: Divulgação / 4oito

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O Sul de Santa Catarina é o polo de produção de argila no Estado. Cerca de cinco mil trabalhadores são empregados em mais de 100 empresas do ramo. Prevendo uma eventual escassez da matéria-prima base na fabricação de telhas e tijolos, uma comitiva formada por representantes do Sebrae, Sindicato da Cerâmica (Sindcer) e NF Soluções em Cerâmica, foi ao Peru para participar de uma feira que reunia fornecedores mundiais de mineração.

“A gente não está com escassez de matéria-prima. Isso precisa ficar bem claro para todos. Só que estamos prevendo futuramente alternativas para que não aconteça de entrarmos nessa escassez. Então, essa feira em Lima (capital do Peru), é multisetorial na área de mineração, ela serviu de porta para nós abrirmos o leque na visão dos empresários cerâmicos na região”, ressaltou o engenheiro de materiais, Vitor Nandi “Nós não fomos no intuito de redução de custos, mas sim de buscar alternativas para melhorar ainda mais a eficiência dos nossos ceramistas aqui da região”, completou.

Segundo ele, o Peru é um país que vivencia o problema da escassez. A feira que visitaram em Lima se faz pela mineração, que é forte na região. “Lá, chove três milímetros de água por ano, por isso, não tem a argila que nós temos aqui. O pessoal tem uma dificuldade muito grande de encontrar argila”, explicou.

Matéria-prima para cerâmica na região

Em função do crescimento populacional, vai se tornando cada vez mais difícil a liberação dessas matérias-primas para uso cerâmico. Na região Sul Catarinense, existe uma quantidade de argila que não é utilizada, por isso, ela é pensada como uma alternativa para a futura escassez. Estudos científicos estão sendo feitos para usá-la no cotidiano dos ceramistas.

Tipos de argila

O setor de cerâmica vermelha na região Sul tem, aproximadamente, 170 cerâmicas atuantes. “Nós temos fábricas de telhas, uma característica no Sul, uma das únicas do Brasil, que é a famosa telha branca, que exige um processo mais difícil e oneroso. Para tijolos, é uma argila um pouco mais avermelhada. Para cada processo, tem uma determinada argila”, exemplificou.

Segundo o engenheiro, não existe argila ruim, apenas mal preparada. “Baseado nisso, nós queremos utilizar essas argilas como matéria-prima nobre. Claro que necessita de um trabalho diferenciado, mas cada argila, para cada tipo de setor, é um pouco diferente”, disse.

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