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Polícia Civil investiga possível feminicídio

Violência doméstica pode ter levado mulher a sofrer um infarto; marido está preso
Por Francine Ferreira Criciúma - SC, 19/01/2019 - 08:30
Daniel Búrigo / A Tribuna / Arquivo
Daniel Búrigo / A Tribuna / Arquivo

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Um possível caso de feminicídio está sendo investigado pela Polícia Civil de Criciúma, por meio da Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (DPCAMI). Na noite da última quinta-feira, uma mulher de 59 anos sofreu um infarto e foi a óbito em sua própria residência, no Bairro São Luiz, após uma discussão com o marido.

Conforme a Polícia Militar, uma guarnição foi acionada para atendimento de ocorrência de morte natural. No entanto, chegando ao local os policiais encontraram o esposo da vítima, de 63 anos, embriagado e agitado, relatando que havia discutido com a sua esposa, mas que não a teria agredido.

Populares ainda relataram que, na mesma noite, escutaram o casal brigando. Além disso, haviam sinais de briga na casa, com objetos caídos.

Diante dos fatos, o indivíduo foi preso em flagrante pela Polícia Militar e conduzido à Central de Plantão Policial, onde acabou autuado pelo crime de feminicídio, praticado contra a sua companheira.

DPCAMI aguarda laudo

De acordo com o responsável pela DPCAMI, delegado Fernando Possamai, as informações iniciais dão conta de que houveram eventuais atos de violência doméstica, que fizeram a mulher sofrer um infarto no miocárdio.

“Ainda assim, encaminhei perguntas e solicitei esclarecimentos ao Instituto Geral de Perícias, que deve encaminhar um laudo pericial sobre as causas da morte. Agressões verbais e o estresse emocional da vítima momentos antes da violência doméstica podem ter ocasionado o infarto, mas é algo que o médico deverá definir”, argumenta.

Portanto, a Polícia Civil aguarda esse laudo pericial para determinar se o caso se tratou de uma eventual lesão corporal seguida de morte ou, em último caso, de um feminicidio. “Os indícios levam a esse entendimento, mas o marido negou que teve intenção de matar ou agrediu a esposa fortemente. Afirmou que desferiu apenas um tapa. Por isso, como não traz informações precisas, não dá pra definir a real situação ocorrida dentro do ambiente familiar”, completa a autoridade policial.

O prazo para que o procedimento seja finalizado é de dez dias.

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