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Parte de casa desaba em Criciúma

Moradora entrou na justiça para conseguir materiais para a reforma, mas teve o pedido negado
Por Bruna Borges Criciúma, 08/01/2019 - 08:32
Daniel Búrigo / A Tribuna
Daniel Búrigo / A Tribuna

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A moradora do Bairro Ana Maria, de Criciúma, Margarete Corrêa, de 62 anos, levou um susto na tarde de ontem. No momento em que descansava em uma cama improvisada no porão de sua residência, ela ouviu um forte barulho vindo da parte de cima da casa. Quando subiu, percebeu que parte do telhado havia despencado.

A situação não é, entretanto, uma novidade para Margarete. Desde 2015, quando, segundo ela, um temporal danificou parte da estrutura, a moradora busca uma forma de solucionar o caso. Em 2017 a Defesa Civil de Criciúma chegou a interditar o imóvel por risco de desabamento.

“Lá em 2015 o Corpo de Bombeiros veio aqui e constatou que a casa estava comprometida. Se tivessem me ajudado naquela época eu poderia ter arrumado a casa e não chegaria a esse ponto”, comenta. “Agora eu moro no porão e uso a parte de cima da casa só para cozinhar e para tomar banho, mas muito rápido, porque é perigoso”, conta Margarete. 

Ela chegou a entrar com um processo na justiça, almejando que a Prefeitura arcasse com os materiais de construção para a reforma, mas teve o seu pedido negado na primeira e na segunda instância judicial. 

Visita da Defesa Civil

Na tarde de ontem o coordenador da Defesa Civil do município, Dioni Borba, visitou o local. “Aquele é um caso antigo, já vem desde 2015. Na época foi feito um relatório, encaminhado para a assistência social”, relata o coordenador. “E, na verdade, ela não poderia estar morando mais naquela casa, porque ela está interditada. Ficando lá, ela está cometendo o crime de desobediência”, complementa Borba.

“Pelo o que eu pude ler do processo, ela não aceitou alguns programas sociais que foram oferecidos pela Prefeitura, como o aluguel social, a permanência na Casa de Passagem e preferiu entrar com uma ação na justiça para tentar o benefício da reconstrução”, afirma Borba.

“Mas o juiz entendeu que ela não é uma pessoa em vulnerabilidade social e que teria condições de fazer a reforma. O juiz entendeu que a casa chegou àquela situação por falta de manutenção”, explica o coordenador. 

Aposentada, Margarete declara que não pode arcar com as despesas. “Eu recebo só R$ 630 por mês, não tenho condições. Tudo o que eu tenho dentro de casa é de doações que as pessoas me fizeram”, afirma. 

O processo será novamente analisado pelo órgão municipal. “Eu tomei conhecimento do caso agora e nós vamos fazer a verificação do processo desde 2015, agora que vamos nos aprofundar”, declara Borba. 


 

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