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Opala: há 50 anos fazendo fãs

Apesar de ter sido fabricado entre 1968 e 1992, primeiro carro de passeio da Chevrolet no Brasil ainda encanta
Por Lucas Renan Domingos Criciúma, SC, 05/12/2018 - 10:22
Fotos: Guilherme Hahn / A Tribuna
Fotos: Guilherme Hahn / A Tribuna

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Em 1968, a General Motors (GM) resolveu dar um novo passo no mercado brasileiro. Até aquele ano, a montadora da marca Chevrolet só se fazia presente no Brasil com carros utilitários e caminhões. Após adquirir a marca Opel, a GM trouxe ao mercado nacional o seu primeiro carro de passeio totalmente brasileiro, fabricado e montado aqui, o Chevrolet Opala – nome dado por conta da carroceria inspirada no modelo Opel Rekord C aliada à mecânica do Chevrolet Impala. 

No dia 19 de novembro de 1968, no 6º Salão do Automóvel de São Paulo, a GM lançava, então, seu novo modelo. O que a empresa não sabia era que estaria criando também uma legião de fãs do Opala que, 50 anos depois, ainda possuem fortes laços com o carro, os chamados “opaleiros”. 

“O Opala se tornou um carro fora do seu tempo. Quando ele foi lançado, era para a classe alta. Naquele tempo, muitos opaleiros eram adolescentes e tiveram que esperar passar toda esse luxo para, enfim, comprar. É uma paixão que durou um longo tempo até se concretizar, mas que dura até hoje”, contou o coordenador social do Veteran Car Sul Catarinense, Túlio César de Souza.

Para todos os gostos

Para um opaleiro, reconhecer um Opala de longe não é tarefa difícil. “Pode abrir o portão, que ele está vindo”, disse o empresário Antônio Adalberto Canarin, o Beto, alertando a chegada do Opala SS de 1972 do amigo também apaixonado pelo modelo, Paulo César Silveira. “A gente acostuma. Um motor seis cilindros com uma descarga bem dimensionada é inconfundível”, emendou. 

Proprietário de um Opala Comodoro ano 1981, Canarin tem uma estreita e antiga relação com o Chevrolet que até hoje chama a atenção. “Eu comecei a dirigir em um Opala. Naquela época, as leis eram um pouco menos rígidas. Então, com dez anos, eu já dirigia o Opala do meu tio. Meu pai nunca quis ter um. Eu sempre quis. Tanto que, dos 18 aos 20 e poucos anos de idade, tive três modelos diferentes. Hoje tenho um, mas, se tivesse espaço na minha casa, teria mais”, afirmou. 

De 1968 até 1992, quando a GM encerrou a produção do Opala, foram diferentes modelos, como o SS – no modelo quatro e seis cilindros, o mais desejado entre os opaleiros -, Comodoro, Caravan – ou Perua – Diplomata, entre outros. “É um carro desejado por todos, mesmo que cada um tenha a sua tribo, ou seja, o modelo que mais se identifica”, frisou Souza. Além do Comodoro 81 de Canarin e do SS 72 de Silveira, reunidos na casa do coordenador social do Veteran Car, estava também o Comodoro 1992 do empresário e opaleiro Gustavo Pizzolo. 

“A minha paixão vem mesmo pelo motor do Opala. Originalmente ele consegue fazer todo o seu desempenho de carro de passeio. Só que, quando ele é aperfeiçoado, é capaz de ser utilizado em corridas, arrancadas. Ele foi um carro utilizado na Stock Car. Diferente de um Fórmula 1, que é projetado para corrida, o motor do Opala, não. Ele acabou se tornando um carro de velocidade que a gente consegue ter por perto”, explica Pizzolo. 

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