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O pós-crise em debate (ÁUDIO)

Presidente da CDL e da Acic trataram do assunto no Programa Agora da Som Maior
Por Marciano Bortolin Criciúma, SC, 20/06/2020 - 15:51
Fotos: Vitor Netto / 4oito
Fotos: Vitor Netto / 4oito

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O Programa Agora da Rádio Som Maior, debateu nesta sexta-feira, 19, a retomada da economia após a pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Denis Luciano recebeu a presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Criciúma Andreia Salvalaggio e o presidente da Associação Empresarial de Criciúma (Acic), Moacir Dagostin para tratar do tema. 

Andreia lembrou que para o comércio, a primeira boa data após a reabertura devido à quarentena foi o Dia das Mães. “Realmente a gente teve o impacto. Depois o Dia dos Namorados que já foi um pouco melhor. A gente acredita que está melhorando e o Dia dos Pais acreditamos que vai ser melhor ou igual ao ano passado”,comenta.

Ela salienta ainda que os lojistas estão mudando a visão em diversos aspectos. O momento de pandemia foi bom para ele aprender, teve a oportunidade e aos poucos colher os frutos. O nosso estado tem sempre uma queda menor, então ainda temos uma melhora”, fala.

Já sobre a indústria, Dagostin relata que em um primeiro momento, onde tudo parou, houve um aspecto mais importante que foi a relação empregador/empregado. “Houve uma negociação onde as pessoas queriam trabalhar. ‘Eu quero que reabra. Eu quero que funcione’. E isso foi muito positivo.

Fizemos junto aos órgãos públicos este entendimento do apoio que teria que dar. A indústria com 50% em um primeiro momento sofreu porque Santa Catarina saiu na frente, depender dos insumos de outras regiões atrapalhou um pouco, agora voltando ao normal com 60%, 70%. As projeções para os próximos meses são positivas. Quem exporta ficou feliz com o dólar subindo, por outro lado houve os importadores. As empresas agora terão que buscar no mercado nacional ois insumos porque está muito caro lá fora”, ressalta.

Relação empregador e empregado

A relação entre empregador e empregado foi colocada pelos dois presidentes. Andreia lembrou que os estabelecimentos do varejo, geralmente possuem de três a cinco funcionários, em média, chegando a 20 em lojas maiores. “A relação é muito próxima e o empresário sente a dor do funcionário. De querer trabalhar, sabe que a sua comissão depende daquilo. Acho que a relação ficou mais forte. Às vezes acontece um distanciamento e esse momento fez eles enxergarem que não é bem assim. Entendeu que mais que nunca faz parte do movimento, que os negócios irem bem depende dele”, pontua.

Moacir Dagostin revelou que esta boa relação entre patrões e empregados também é vista na indústria. “Os empregadores e os empregadores sentaram e viram a melhor forma. Tudo isso foi muito importante. O aspecto negativo foi a demora pela liberação dos recursos por parte dos bancos. Normalmente a indústria tem um grupo de férias e como esgotou precisou fazer alguns ajustes. De uma forma geral, a gente está percebendo esta união maior”, expõe.

Para a dupla, os empresários estão deixando de lado a concorrência e buscando a cooperação. “Na indústria existe uma troca muito grande. De recursos humanos. Estão repassando funcionários para outras empresas. Às vezes o funcionário nem sabe. Não teve só demissões, tivemos empresas, de embalagens por exemplo, que estão no auge. Uma empresa contratou 25 pessoas no mês passado. Temos ainda uma troca grande entre os Núcleos Setoriais da Acic. Muitos são referências para nós. Na Acic também estamos nos reinventando”, comemora Dagostin.

Dificuldade em obter créditos

Com relação às linhas de crédito, Andreia e Moacir dizem que as empresas têm dificuldades em acessá-las. “A grande e a média empresa tem facilidade na busca pelos recursos, agora a micro e a pequena estão sofrendo bastante. Do dia para a noite estes empresários se depararam com a falta do capital de giro. Não tinha um planejamento, um fôlego para aguentar. Muitos empresários não estavam raciocinando direito nos seus negócios.  Quem buscou recursos para a folha de pagamento até foi mais fácil, os contadores ajudam, mas para capital de giro foi mais difícil, a burocracia, o juro”, diz o presidente da Acic.

A presidente da CDL disse saber de pessoas que não sabe onde procurar. “O empresário não aguentou, a pressão foi muito grande. O recurso está muito difícil, agora informações que a caixa está com mais algumas linhas de crédito”, salienta.

 

Tags: coronavírus

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